Crianças que evitam situações assustadoras tendem a desenvolver sintomas ansiosos. É esta a conclusão de um estudo levado a cabo pela Mayo Clinic, com 800 crianças entre os 7 e os 18 anos, focado na medição do evitamento em crianças.
O resultado considerado mais surpreendente relaciona-se com o facto da medição do evitamento poder também predizer o desenvolvimento da ansiedade. Neste estudo, as crianças que na fase inicial descreveram comportamentos de evitamento, tenderam a sentir-se mais ansiosas um ano mais tarde. Uma das vantagens da abordagem em estudo, será a possibilidade de identificar crianças em risco de virem a desenvolver uma perturbação da ansiedade.
O estudo reforça que as crianças que tendem a evitar situações temidas, não têm a oportunidade de se deparar com os seus medos, não tendo a possibilidade de aprender que os medos podem ser controlados.
Há medos que são típicos de algumas fases de desenvolvimento, mas nalgumas crianças a força desses medos cresce no seio de uma perturbação ansiosa. Quando as crianças começam a evitar situações que interpretam como perigosas, a ansiedade pode tornar-se particularmente incapacitante, impedindo muitas vezes a participação nas actividades quotidianas.
Poderá ler em detalhe o estudo através do link:
http://www.mayoclinic.org/news2013-rst/7365.html?rss-feedid=9
E já que falamos em ansiedade, recordamos que quando os sintomas ansiosos interferem no quotidiando da criança, afectando as suas relações na escola e na família, as suas amizades e a sua vida social, pode ser importante a procura de ajuda profissional.
Com a ajuda de um Psicólogo, a criança aprenderá a:
- Identificar formas negativas e inimigas de pensar;
- Descobrir a relação entre aquilo que pensam, como se sentem e aquilo que fazem;
- Procurar provas que sustentem, ou não, os seus pensamentos;
- Desenvolver novas competências para lidar com a ansiedade.