Um artigo publicado pela American Psychological Association afirma que o sofrimento emocional dos pais, particularmente elevados níveis de ansiedade materna, é um dos preditores mais consistentes da ansiedade na criança.
Com o objectivo de identificar a forma como pensam, sentem e quais as características parentais das mães de crianças com ansiedade, avaliaram-se 88 mães de crianças ansiosas (44 mães não estavam ansiosas e 44 mães com ansiedade) a interagir com seus filhos entre 7 e 12 anos de idade.
Não se observaram diferenças na ansiedade e evitamento entre as crianças e as mães ansiosas e não ansiosas; contudo, as mães ansiosas demonstraram expectativas mais negativas, ansiedade e tensão no relacionamento com os seus filhos. Estes resultados sugerem que uma problemática de ansiedade materna está associada à baixa tolerância de emoções negativas pelas crianças – limitando a interação positiva entre mãe e filho em condições de stress e, por isso podem impedir resultados ideias no tratamento.
O estudo revela pensamentos, sentimentos e comportamentos que devem ser trabalhados para melhorar os resultados do tratamento de crianças com ansiedade num contexto familiar de ansiedade materna presente.
C. Cathy, A. Adela, M. Lynne & C. Peter, Cognitive, Affective, and Behavioral Characteristics of Mothers With Anxiety Disorders in the Context of Child Anxiety Disorder, Journal of Abnormal Psychology, 2013, Vol. 122, No. 1, 26 –38, University of Reading