Os autores Morton e Gorzanlka dedicaram-se a estudar de que forma o desejo e excitação sexuais diminuem em função da familiaridade com o parceiro, aumentam em função de um parceiro novo, assim como pretendiam mostrar a diferença entre homem e mulher. Estas questões foram consideradas tendo por base duas teorias evolutivas que consideram as estratégias de “acasalamento”: a teoria de estratégia sexual e a teoria de ligação fértil.
As hipóteses emergentes através destas duas teorias foram avaliadas tendo por base uma série de áreas críticas, incluindo a habituação da excitação aos estímulos eróticos, as preferências considerando o número de parceiros sexuais, o efeito de uma relação monogâmica de longo termo no desejo e excitação, bem como a prevalência de fatores de risco associados a comportamento e relações fora da díade.
Os autores perceberam que a evidência suporta melhor as predições feitas pela teoria da estratégia sexual, a qual postula que o funcionamento sexual evolui para promover o “acasalamento” de termo curto. A mesma defende que o desejo sexual e excitação diminuem em função da familiaridade com o parceiro, e aumenta em resposta à novidade, tanto em homens como em mulheres.
O que este estudo não diz, mas que é fundamental referir, é que em relações de longa duração, a intimidade entre os parceiros e o conhecimento de ambos, no que diz respeito aos corpos e preferências sexuais é maior, pelo que o prazer que retiram acaba por ser maior também.
Em relações recentes, e à semelhança do que dizem os autores, existe novidade, pelo que os parceiros nem estão preocupados com a falta de desejo e de excitação, pois tudo é novo e a curiosidade é imensa. Todas as relações sexuais são diferentes e intensas, não há espaço para dúvidas.
O truque é trazer o que existia no início da relação para as relações de longa duração. Introduzir a novidade nas relações pode ser tão simples quanto sair da cama e experimentar coisas novas e diferentes: comprar sextoys, uma lingerie nova, um banho a dois, maior atenção ao corpo da parceira… E sempre que se começar a pensar demasiado sobre ter sexo ou não ter, dar o benefício da dúvida! Afinal, as relações sexuais são boas!
Morton, H. & Gorzalka, B. (2015). Role of partner novelty in sexual functioning: A review. Journal of Sex & Marital Therapy. Nov-Dec2015, Vol. 41 Issue 6, p593-609. 17p. DOI:10.1080/0092623X.2014.958788
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