Mãe, pai… queria tanto um cãozinho!
Mas como influencia um animal de estimação o desenvolvimento infantil? De uma forma geral, as crianças que crescem com animais de estimação desenvolvem mais competências a nível social e de comunicação não verbal, vêm promovidas as suas relações afectivas e emocionais, tendo isso efeitos directos na sua auto-estima.
Os animais tornam-se companheiros fiéis e confidentes, parceiros de jogo e brincadeiras e gostam quase “sem limites” dos seus donos. Com os seus animais de estimação, as crianças partilham alegrias e tristezas, medos, raivas e desgostos, bem como os seus próprios pensamentos. Para além disso, só a própria textura dos animais (o pêlo fofo que lhe faz lembrar aquele urso de pelúcia que tanto gostava) é desde logo muito caloroso.
Hubert Montagner diferencia espécies de animais de estimação, de onde destacamos:
- Os cães – sempre disponíveis para a interação e exibem muitos comportamentos que os aproximam dos humanos. A criança sente-se amada e compreendida – um cão está sempre disponível sem exigir nada em troca;
- Os gatos – animais mais desafiantes e autónomos, mas quando se manifestam conseguem ser “avassaladores e possessivos”. Os gatos podem exibir comportamentos amigáveis e até submissos perante crianças ou adultos que estejam sozinhos, tornando-se bons receptores do seu afecto;
Por outro lado, a relação que as crianças estabelecem com os seus animais podem ser bons indicadores do tipo de ambiente em que a criança se insere. Isto é, quando se observam actos de crueldade, podem prevalecer no seu contexto formas de violência ou alguma forma de perturbação emocional.