Para você que gosta muito de sexo e resolveu ler este artigo, talvez uma pergunta esteja passando na sua mente: será que sou um compulsivo sexual?
Então, antes de explicar o tema propriamente dito, é necessário deixar claro que existe uma diferença absurda entre ser compulsivo e adorar sexo. O fato de alguém ter fantasias sexuais e uma vida sexual intensa, de modo algum significa compulsão sexual. Ter muita libido não caracteriza um transtorno. Uma pessoa com hipersexualidade se movimenta para obter prazer mas não destrói a sua vida profissional, social e amorosa.
A diferença é que o compulsivo não resiste aos pensamentos e desejos sexuais, que precisam ser sempre saciados naquele instante, não importando com quem ou como. Sua ação é por impulso, na maioria da vezes, sem premeditar. É comum que, mesmo no ambiente de trabalho, quando o impulso aparece, o compulsivo se dirija ao banheiro do local de trabalho para masturbar-se. Em casos avançados, quando já se perdeu qualquer controle, pode-se mesmo ausentar do local de trabalho à procura de sexo. A pessoa compulsiva por sexo cede aos desejos e às fantasias sexuais sem questionar se são convenientes socialmente ou mesmo individualmente.
Com o passar do tempo, os comportamentos sexuais como, por exemplo, uso excessivo de pornografia digital, múltiplos parceiros sexuais reais ou virtuais, gastos financeiros abusivos com profissionais do sexo ou até mesmo masturbação excessiva, vão aumentando mais e mais de intensidade e frequência acarretando consequências desastrosas na vida pessoal, amorosa, familiar, social, profissional e financeira do compulsivo.
Esse transtorno está diretamente relacionado à ansiedade e aos transtornos obsessivos compulsivos. Quem sofre desse problema busca alívio em tudo que se relaciona à vida sexual e sua atenção e concentração estão voltadas para tudo que diz respeito a sexo. Isto acarreta queda de desempenho na vida profissional e uma vida social empobrecida, pois o sujeito não se interessa pelos assuntos e problemas dos amigos e familiares. No âmbito amoroso a questão é ainda mais complexa, pois envolve brigas constantes entre o casal, falta de confiança no parceiro e até mesmo divórcio em função de traições constantes.
A estimativa é que de 2% a 6% da população mundial sofra compulsão sexual. A maioria ainda é homem, mas aparecem casos em mulheres também. Pelo fato de sexo promover prazer e estar associado à virilidade, a compulsão não parece trazer prejuízos para a pessoa no início. A maioria convive com este transtorno por pelo menos três anos sem perceber que precisam de ajuda. Só quando perdem o emprego, o dinheiro e o relacionamento acabam é que a ficha começa a cair.
Assim como acontece em outras compulsões, por exemplo, álcool, drogas e jogos, mais difícil do que o tratamento em si, é a pessoa admitir que está doente e que precisa de ajuda de um profissional especializado, neste caso, em terapia sexual. A única forma de resolver a compulsão sexual é tratar as causas psicológicas que geraram esta disfunção, re-significar possíveis traumas e desenvolver um trabalho para diminuir a ansiedade e a impulsividade. Isto demanda a ajuda de profissionais especializados. O indivíduo que sofre com este transtorno dificilmente consegue se livrar da compulsão sozinho(a).
Uma vida sexual prazerosa e de qualidade melhora a qualidade de vida, reduz ansiedade, aumenta a autoestima, aumenta a conexão entre os parceiros e afeta positivamente o desempenho no trabalho. Então não abra mão de viver uma vida em sua plenitude.
Se você já identificou que algo não vai bem, busque ajuda de um terapeuta sexual. Na Oficina de Psicologia você encontra atendimento especializado em sexologia. Procure-nos!
The post Por que os compulsivos sexuais precisam de ajuda? appeared first on Oficina de Psicologia.
Vamos falar sobre sexo?
Sexo é um assunto abordado nas series de televisão (quase todas tratam deste tema [...]
Por que minha cabeça não para de pensar?
Por que minha cabeça não para de pensar? Por que parece que sou mais sensível [...]