Vivemos na chamada era da globalização. A par de todos os avanços tecnológicos e do consumismo exacerbado, banalizou-se aquilo que, em tempos, era primordial: o bem-estar das pessoas. Hoje tudo parece descartável e substituível. Vivemos cada vez mais sob pressão, e administrar todas as tarefas pessoais e profissionais tornou-se numa missão quase impossível. Em Portugal, tal como noutros países, as exigências e desafios avassaladores do modo de vida actual têm contribuído substancialmente para haja um consumo de energia física e mental acima do que seria desejável para as capacidades humanas*. Cada vez mais, os trabalhadores vivem numa espécie de “nuvem negra”. E aproveitando-se disso, de forma mais ou menos dissimulada, muitas instituições promovem o trabalho precário, fazendo com que os seus trabalhadores se sintam constantemente ameaçados com a possibilidade de desemprego. No entanto, ao longo da História temos dado provas de que, em situações de crise, somos capazes de mover montanhas em torno de uma causa. Temos dado provas da nossa capacidade profissional quando deparamos com realidades que funcionam com regras e organização. Então porque não fazemos? Porque não definimos os nossos objectivos consoante aquilo com que nos identificamos?
Não adianta continuarmos com o negativismo e criticismo de “Velhos do Restelo”. A consciência de sermos donos da nossa própria vida acarreta responsabilidades e, nesse sentido, temos de dar o nosso melhor, algo que está apenas nas nossas mãos. Na vida profissional, tal como na pessoal, é necessário focar no que é essencial e definir prioridades. Seguem algumas sugestões:
– Comece por se um bom observador e um bom ouvinte (esteja atento aos sinais externos e esteja disponível para aprender; procure primeiro compreender para depois ser compreendido e adapte-se ao outro se for caso disso).
– Estabeleça um objectivo em relação ao seu desempenho e questione-se sobre o que será necessário para o atingir.
– Dê prioridade ao que considera mais importante e/ou urgente.
– Seja eficazmente comunicativo, adaptando o conteúdo/formato do que quer transmitir. Ficar atento às novidades e antever possíveis questões que lhe possam ser colocadas poderá levá-lo a um nível de excelência.
– Seja mais apelativo. Utilize recursos emocionais para o que quer transmitir.
– Procure agir de forma natural e mantenha o contacto ocular de forma cordial.
Acima de tudo, invista em si. Invista no melhor de si.
*Andrew Cooper, 2005; Michael Grazziano, 2008; Christina Maslach & Michael P. Leiter, 1999; Peres, Santos & Carvalho, 2003.
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Oficina de Psicologia