“ Acordo de um estado de apneia com sensação de paragem respiratória. Salto da cama e grito: ”Socorro, vou morrer a qualquer momento!”. Assim que acordei, conseguia ver mas não conseguia identificar onde estava. O meu corpo estava dormente, cheguei a pensar que estava a ter um AVC! Ou então estou a ficar doida…Agora penso, antes que volte a acontecer, talvez deva consultar um psiquiatra, cardiologista ou outro especialista. E o coração? Sinto-o no pescoço, em todo o lado, capaz de rebentar as costelas. Tenho medo de não aguentar as batidas cardíacas, não tenho controlo nem no coração, nem em mim.”.
Socorro! É uma emergência…psicológica!
De repente, sem qualquer motivo ou causa aparente, você começa a ter suores por todo o corpo, calafrios, falta de ar, tonturas, dores fortes no peito e o seu coração dispara. Para além disto, você começa a ter pensamentos de medo e de horror, sente que não domina totalmente o seu corpo e o que está a sentir, e que há a hipótese de desmaiar a qualquer momento ou mesmo de morrer. Este cenário leva-o a pensar na urgência de uma ida ao médico para clarificar o seu estado físico actual e deixá-lo mais tranquilo.
Ao ver descartadas as hipóteses físicas decorrentes de exames médicos normais, e confirmar que clinicamente está tudo bem, você continua com um problema que é real. Apesar de ninguém ter sido capaz, até ao momento, de descobrir o que realmente se passa, isso continua a preocupá-lo e surge uma necessidade enorme de estar acompanhado por outros que o possam socorrer e começa a evitar espaços onde não se sinta suficientemente seguro.
Aos poucos, o seu dia-a-dia desorganiza-se em função desse medo. Medo de não conseguir controlar o que pensa e o que sente, medo de não conseguir aguentar mais e enfrentar a sua vida com a força e a dinâmica de outrora. Perante isto, só lhe apetece fugir, desaparecer ou cair em depressão. Tenha calma, você não é o único!
Neste momento pode estar a atravessar por problemas que são mais comuns do que julga e, para além de ser imperativo descartar hipóteses médicas, importa clarificar se se trata alguma crise ou ataque de pânico, como é conhecido cientificamente. A presença de casos de perturbação de pânico e agorafobia também é expressiva, o que o leva a experienciar níveis de sofrimento significativos, com repercussões em todas as dimensões da sua vida.
Torna-se relevante identificar quando e como o ataque de pânico ocorre, em que situações ou a que pensamentos ele está associado, para que se consiga perceber o que está a gerar ansiedade. Venha conhecer o problema que está a atravessar, aumentar o conhecimento sobre as reacções de emergência do seu corpo e restaurar a confiança em si, vivendo uma vida normal e confortável. Dê o primeiro passo e procure-nos.
Autora: Mónica Faria
Olá!
Revejo-me no nosso artigo.
Está a ser dificil conciliar o luto da minha Mãe com a fibromialgia que tenho em conjunto com uma depressão.
Tenho enormes crises de ansiedade e ao não ter família, vivendo sozinha, a situação agrava-se.
Trabalho como voluntária numa instituição de solidarirdade e, para surpresa minha, sou descriminada por ter estas patologias.
Escrevo como desabafo e também para pedir conselho para uma situação que considero de descriminação.
Desde já obrigada pela atenção.
Maria João
Cara Maria João,
Pelo que diz, parece estar a passar por uma situação deveras difícil. Talvez ir investindo em conversas calmas e abertas com as pessoas com quem trabalha, dando informação e explicando o que se passa consigo, possa ser uma opção? Em qualquer circunstância, será sempre fundamental rodear-se das pessoas que lhe são importantes e que a acarinham, porque serão fundamentais em ajudá-la a atravessar os momentos difíceis.
Fazemos votos de que consiga obter todo o apoio de que precisa!
Abraço