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Autor: Rita Castanheira Alves

Crescemos numa família. Seja ela grande, pequena, com irmãos, pais, avós ou tios, ou apenas uma madrinha ou um tio que cuida de nós.

E seremos uma família ou um conjunto de pessoas que habita na mesma casa?

Ou seremos companheiros?

Tantas vezes, o jantar para fazer, os trabalhos de casa para terminar, a ginástica às Terças e Quintas, o piano à Quarta e o ballet à Sexta, nos fins-de-semana as festas de aniversário ou o serão na casa da avó ou da tia. E quando podemos estar em casa, juntos, na nossa casa, com os filhos, em conjunto sem nada para fazer e tanto por fazer, juntos sem pensar nos trabalhos, no jantar, na ginástica e no ballet?

Ficar em casa com os nossos filhos, expressarmos o que sentimos e como sentimos, rirmos com eles e partilharmos devagarinho e de acordo com o que são capazes de perceber e aguentar, as preocupações da casa, como cada um pode ajudar e como todos juntos podem ser muito mais fortes e vencedores nos desafios que a vida propõe a cada um e a todos.

 

Mais tarde crescemos e é pelo caminho que percorremos como companheiros em casa que continuaremos juntos ou não. É por nos terem conseguido transmitir que precisavam da nossa ajuda quando éramos mais pequenos, que a nossa ajuda é preciosa e que juntos conseguimos e é muito melhor que mais tarde, conseguimos estar quando é preciso, que não pomos em causa deixar o pai, a mãe, o tio ou a tia enfrentarem sozinhos as tempestades difíceis que a vida inevitavelmente nos vai mostrando.

 

É por isso que todos os dias e respeitando a individualidade a que cada elemento da família tem direito, é essencial que seja transmitido a quem cresce que pais e filhos são companheiros nesta vida, que juntos é melhor e mais fácil e que tudo é mais divertido quando o fazemos como companheiros como o que é mais terrível, é um bocadinho menos se formos companheiros nos desafios.

 

E um dia vão lembrar-se como valeu a pena cada brincadeira em que juntos foram companheiros, quando eles já crescidos forem os vossos companheiros. Para rir ou para vos abraçarem e dizerem “ – Estamos juntos, vai correr tudo bem.”