“Dorme bem!”
Embora com algumas variações individuais, o ser humano dorme, em média, cerca de oito horas diárias (1/3 da nossa vida).
De facto, o sono, cuja principal função essencial é o restauro metabólico do cérebro, é um processo fisiológico essencial à nossa saúde e bem-estar geral e as queixas de insónia não devem ser menosprezadas, devendo ser alvo de averiguação clínica uma vez que a insónia pode aumentar o risco de aparecimento de doenças psiquiátricas ou agravar o seu prognóstico.
A insónia trata-se pois de uma avaliação subjetiva por parte do individuo relativamente à dificuldade em adormecer; o sono não é suficiente em quantidade e em continuidade (despertares frequentes ou prolongados) ou não se apresenta como reparador, mesmo quando existe tempo adequado disponível para dormir.
As consequências da privação do sono poderão manifestar-se em sonolência diurna, alterações do humor, dificuldades na memória, concentração, fadiga acentuada, tonturas, entre outras consequências que podem aumentar risco de acidentes para além da diminuição de bem-estar associado. As alterações do ciclo sono podem pois também impossibilitar a pessoa de cumprir horários, ter uma atividade profissional, ajustar-se às rotinas sociais, etc.
Alguns fatores predisponentes da perturbação do sono relacionam-se, para além da relação com o avançar da idade, com a existência de história familiar de insónia, características da personalidade e determinadas condições médicas ou psiquiátricas. Por outro lado, uma má higiene do sono, “o medo de não conseguir adormecer”, as “sestas” na tentativa de compensar a insónia, são fatores perpetuadores da mesma. Fazendo um situar em potenciais fatores desencadeantes da insónia, tem-se sobretudo a ocorrência de determinados acontecimentos de vida negativos: divórcio, desemprego, morte de alguém significativo, desemprego, etc (Spielman, Caruso & Glovinsky, 1987).
Seguem algumas considerações gerais preventivas que pode pôr-se em prática no sentido de manter/estabelecer uma boa higiene do sono:
- Manter horários regulares de sono (deitar e acordar);
- Evitar as “sestas”;
- Se não conseguir adormecer deverá levantar-se da cama e executar uma atividade tranquila (por exemplo., fazer uma refeição ligeira), regressar à cama apenas quando voltar a ter sono;
- Evitar realizar qualquer outro tipo de atividade na cama (ver televisão, estudar, etc).
- Evitar bebidas estimulantes (café, coca cola, chá);
- Não beber álcool antes de dormir (pode facilitar o adormecer, mas interfere mais tarde com o sono);
- Deverá fazer exercício;
- Tentar realizar atividades relaxantes antes do adormecer (por exemplo não jogar jogos de computador);
- Assegurar que o ambiente do quarto é confortável (temperatura, baixa luminosidade, ruído);
- Evitar refeições pesadas antes de ir para a cama.
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Autor: André Viegas