Porque é que eu reajo assim?
Porque como quando estou triste?
Porque quero ir dormir tão cedo?
Porque tenho necessidade de estar com aquela pessoa?
Porque sinto necessidade de me comportar desta forma?
Com certeza já fez, a si próprio, alguma destas perguntas. É natural, pois sempre que sentimos a falta de alguma coisa, compensamos com outra.
Muitas vezes a forma como reage equivale a um processo de compensação. Por exemplo, é bastante comum uma pessoa com baixa auto-estima refugiar-se na comida, neste caso a comida é utilizada para obter prazer e deixar de sentir a alguma emoção como mágoa, tristeza ou frustração. De outra forma, pode ter vontade de dormir mais para não “pensar tanto”, procurando evitar o sofrimento. Por outro lado, pode sentir vontade de sair de casa e se encontrar com outra pessoa para combater a solidão.
Um processo de compensação passa sempre por evitar sentir alguma emoção e/ou preencher um “buraco” emocional. Perante algum acontecimento, alguma característica pessoal, algum problema ou até alguma situação pontual, tendemos a procurar algo que nos faça sentir melhor ou que alivie o que estamos a sentir.Tentar compensar é natural, pode até ser uma questão de sobrevivência.
Assim, é essencial identificar processos de compensação, sejam eles adaptativos ou não. Se o processo de compensação é adaptativo e ajuda a alcançar bem-estar, isto é, ajuda a resolver o problema ou situação inicial providenciando soluções ou um novo sentido, então é melhor mantê-lo.
Por outro lado, se processo de compensação não é adaptativo, isto é, tem uma componente destrutiva, nesse caso convém ir ao “porquê” no sentido de seja resolver ou processar o acontecimento, problema ou característica original. Se for necessário pode pedir ajuda a outra pessoa, ou a um psicoterapeuta para o fazer.
Olhando com outros olhos para os seus comportamentos, pensamentos e emoções pode conhecer-se melhor, perceber muitos “porquês” e viver melhor. Procure e descubra as suas próprias teorias da “compensação”.