Sexo é um assunto abordado nas series de televisão (quase todas tratam deste tema sobre um prisma ou outro), nos filmes, nas novelas, nas revistas, nos programas de tv, nos jornais e mesmo assim ainda é um grande tabu.
Interessante como as pessoas, mesmo fazendo sexo, não conseguem falar sobre sexo.
Dentro dos nossos lares, os pais apresentam muita dificuldade de responder às primeiras perguntas relativas à sexo para nossas crianças. Quase todos se sentem constrangidos quando os pequenos perguntam sobre como os bebês são feitos. É cada história que é inventada quando o mais simples seria explicar que as pessoas fazem sexo e que quando desejam ter filhos não usam meios de proteção.
Pelo fato de que o tema sexo é quase sempre visto de forma proibitiva dentro dos lares, escolas, instituições religiosas e politicas, quem se expressa fora dos padrões sofre sérios julgamentos morais e é colocado à margem da sociedade. Qualquer expressão sexual autêntica e/ou divergente é considerada errada, perigosa e aversiva: é o caso, por exemplo, da homossexualidade, da transsexualidade, do poliamor, e da autonomia sexual feminina.
Um ponto curioso é que as pessoas não conseguem falar sobre sexo, mas a palavra sexo e todas as que fazem alusão a ela são as mais procuradas nos sites de busca na internet. Assim, podemos concluir que sexo é visto como algo errado, sujo, imoral, pecaminoso e que ninguém pode saber que temos interesse no assunto.
Mas de onde vem toda esta dificuldade? Por que falar de algo que é tão prazeroso, relaxante, revigorante, natural e que promove tantos benefícios pra saúde física e emocional das pessoas é ainda tabu?
As informações que recebemos, desde criança até hoje em dia, influenciam diretamente na forma como experimentamos e abordamos assuntos relativos a sexo. Tudo que você ouviu de seus pais, avôs, professores, educadores e religiosos tem impacto no que você pensa sobre sexo, sexualidade, questões de gênero, orientação sexual, fantasias sexuais, família, pecado etc.
Agora já adultos, devemos nos perguntar o que as informações que recebemos fizeram conosco, como isto constituiu quem eu sou, a minha rigidez sexual, a dificuldade de pensar “fora da caixa”, a noção que tenho de certo e errado, a maneira como vivo e lido com minha sexualidade e a dos outros, como isto repercute na minha felicidade e das pessoas que amo.
Quero te ajudar a identificar que tipo de informações você ouviu ao longo da vida. Como você completaria estas frases?
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Minha filha só vai namorar depois que tiver ………. anos.
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Moça de família é aquela que…..
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Mulher pra casar é…..
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Homem de verdade não nega…..
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Homem com homem é…….
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Sexo antes do casamento é……
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Mulher com muitos parceiros sexuais ao longo da vida é…….
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Homem com muita experiência sexual é……
Na maioria das vezes, as respostas estão carregadas de pré-conceitos, machismos e conservadorismo.
Por isto, mesmo com tantas informações sobre sexo nos veículos midiáticos, encontramos mulheres e homens com várias disfunções sexuais oriundas de culpa, medo, vergonha, ansiedade, estresse, baixa autoestima, falta de informação etc.
Quando não falamos de sexo, este modelo vai sendo reproduzido e a liberdade de ter uma vida sexual plena, livre, intensa, prazerosa é tolhida de nós, de nossos filhos e de nossa sociedade.
Se falar de sexo com seus filhos é difícil, mas você sente que é necessário que eles recebam uma orientação sexual madura da sua parte, busque ajuda de um profissional.
Se falar de sexo com seu parceiro (a) é difícil e você percebe que a vida sexual de vocês poderia ser melhor ou que já está prejudicada, busque ajuda de um profissional.
Se falar da sua orientação sexual pra sua família é difícil, mas você deseja compartilhar isto com eles e não sabe como fazer ou sente muito medo da reação deles, busque ajuda de um profissional.
Se falar de sexo te causa sentimentos de vergonha, culpa, aversão, nojo, ansiedade, medo, repulsa ou qualquer outro sentimento que bloqueia ou prejudica sua vida sexual, busque ajuda de um profissional.
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