Quem insiste em amar os indisponíveis ou os que estão mais à mão poderá ter um caminho a percorrer: amar-se melhor. E porquê?
Porque a relação que tem consigo mesmo é a que vai ter com o outro, ou seja, as pessoas com quem se pretende envolver vão tratá-lo da mesma forma como se trata. Quanto melhor se cuidar mais sentirá o cuidado do outro, quanto mais disponível estiver para si e para os outros, maior será a qualidade afetiva na sua vida.
A maior parte de nós deseja experienciar aquele amor que não dói, que não rejeita e que simplesmente “fica”, independentemente das circunstâncias.
A Mulher que acaba de deixar um parceiro, o homem que não superou a intensidade deixada pela ex-relação, todos os outros que sentem a frustração de relacionamentos instáveis, podem disparar mensagens sedutoras ou trivais e/ou encaixar com alguém “mais à mão”. Tudo isto na esperança de um tratamento rápido e indolor de experienciar aquele amor em falta, de colmatar um vazio. Podem ter uma sensação de bem estar momentâneo mas e a longo prazo?
A verdade é que muitos de nós não estão disponíveis para amar como pensamos.
Demonstrar carinho, tempo e atenção ao outro não significa disponibilidade, estar disponível poderá significar partilhar ao outro quem é, sem esconder as suas fragilidades, falar dos seus medos, sem ter necessidade de moldar-se para agradar ou querer ser servido esquecendo-se que o outro existe.
Agradar compulsivamente ao outro não significa ser disponível mas sim ser sacrificado em prol de satisfazer necessidades alheias. Se este é o seu caso, pode rever a crença “ao doar-me assim, vou receber de volta e na mesma proporção”. Porque não vai. Defina limites claros, satisfaça as suas necessidades em primeiro lugar, cuide do outro mas observe o seu padrão de dador.
Por outro lado, se considera encontrar uma parceria amorosa compatível com as suas exigências e planos, e que o coloque num pedestal, pode rever as crenças distorcidas que tem acerca de si mesmo.
Em profundidade, quando se deixa levar pela emoção ao conhecer alguém, não tem consciência da dor emocional, do estado perturbado existente no seu interior, dos seus mecanismos de defesa. Aparentemente parece-lhe que está tudo bem .
Pode não estar. As feridas escondidas necessitam de cicatrização, as paixões inacabadas que alimenta na sua mente precisam de ser reabsorvidas pelo organismo.
A única via que conheço para passar ao amor verdadeiro em modo ON chama-se auto-cuidado, amor próprio. Um amor que vai nascendo dentro de si, lentamente, ao ritmo da sua própria vida.
E um dia, quando se sentir melhor consigo mesmo… a magia acontece!
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