Combate às birras para sair de casa…
São 08h00 da manhã, o João entra às 08h30 na Escola e tem de estar no seu trabalho às 09h00, o trânsito não ajuda.. e o seu filho lembrou-se de brincar com as torradas como se fossem um volante de um carro e não parece ter pressa nenhuma de sair de casa.. “Despacha-te João, vamos chegar atrasados!” e o João responde “Vrumm estou só a acabar esta corrida!” e entretanto passam mais 5 minutos e repara que a torrada continua sem ser comida.. Desesperante? Vontade de gritar? Pare 3 segundos e vamos pensar em conjunto: o desespero não vai resolver a situação, pelo menos não tem resolvido, pois não?
As crianças ainda estão a construir o seu sentido de responsabilidade e ainda podem dar-se ao luxo de dar prioridade às brincadeiras ao invés do cumprimento de horários que os adultos têm de cumprir. Lembre-se de quantas vezes, quando o seu despertador toca pensa “só mais um bocadinho…” ou “dava tudo para não ir trabalhar e ficar a dormir até mais tarde…” ou apetecia-lhe fazer algo que lhe daria muito prazer naquele momento”. Mas de volta à realidade, a sua responsabilidade pesa e tem mesmo de ir.
As crianças também sentem esta vontade de brincar em vez chegar a horas à Escola e enquanto gritam um com o outro, o tempo vai passando, o seu filho ganha a sua atenção pela negativa, sai de casa a chorar, a gritar ou arrastado pelo casaco. A criança pequena não consegue gerir a frustração e essa é a causa do mau comportamento. Os pais precisam de aprender a não valorizar os aspectos negativos e pontuar os positivos, mas para que isso aconteça é fundamental que as regras estejam bem estabelecidas e percebidas pela criança.
– Plano A:
• O bom relacionamento entre pais e filhos é fundamental no sucesso de uma educação, fortalece as ligações emocionais e aumenta o respeito das crianças em relação aos pais e, por conseguinte, o respeito às regras.
• Acorde entre si e o seu filho horários estáveis para: acordar, fazer a higiene, tomar o pequeno almoço e sair de casa. Estas são as “missões matinais” que ambos devem esforçar-se para cumprir. Sempre que ele conseguir cumprir as metas elogie o seu bom comportamento e dê-lhe um beijinho para que ele se aperceba que tem mais benefícios quando chama positivamente a sua atenção.
Se o seu filho “esquecer” o acordo e começar aos gritos para não cumprir:
– Plano B:
• Respire: Inspire, expire, inspire, expire… o relaxamento é essencial para estar calmo e firme. As birras são passageiras e pode controlá-las!;
• Seja firme sem agressividade – quanto mais calmo e firme estiver, mais atenção consegue do seu filho. Lembre-o das regras, dos horários definidos e da impossibilidade de não os respeitar. Ignore os argumentos e contra-argumentos infantis e foque-se no objectivo, sendo que o incumprimento poderá originar uma consequência negativa;
• Pode inclusivamente utilizar o contacto físico positivo (ex.um abraço) para o acalmar, sem aceder aos seus pedidos;
• Terminada a birra – converse muito sobre o sucedido (pode aproveitar a viagem de carro para conversar) – os porquês de ter acontecido, porque não pode voltar a acontecer e as consequências negativas destas birras.
Quando na hora H depois de tentar implementar estas dicas, o seu filho continua a desafiá-lo e acaba mesmo por perder a paciência:
– Plano C:
• Não se penalize! Pare. Respire e comece de novo. Educar não é fácil, mas também não é uma guerra. O seu filho está a crescer, está a assimilar o mundo, está a construir a sua forma de estar e precisa do seu equilíbrio e firmeza para ele copiar!
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