Você já deve ter visto ou ouvido sobre os fidget (inquietação, tradução livre) spinners (girador, tradução livre). Brinquedo que se tornou mania não só entre as crianças, como também entre os adultos. Seriam eles mindful (atento, consciente) ou mindless (desatento, sem sentido). Muito tem se debatido quanto a questão de eles ajudarem na atenção e concentração ou acabarem se tornando prejudiciais.
Recentemente a revista Scientific American publicou um artigo sobre o tema, afirmando que esses brinquedos que ocupam as mãos inquietas dos desatentos e ansiosos podem ser considerados mais do que uma “modinha”. Alguns estudos científicos observaram que atividades com movimento auxiliam no aumento de performance em crianças com TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade).
Ocupar as mãos com objetos que são feitos para esse tipo de manipulação (fidgeting) pode ajudar na concentração quando crianças ou adultos estão envolvidos em uma tarefa demorada ou precisam prestar atenção e ficar quieto numa reunião ou aula. No entanto os “spinners” exigem uma coordenação motora e visual, fazendo com que não sejam o melhor dos brinquedos para se ter numa sala de aula, por exemplo. Uma alternativa sugerida pelos pesquisadores são as bolinhas anti-estresse, que não precisam do uso da visão para serem manipuladas, são apenas apertadas com as mãos. Imagino que muitos professores têm se deparado com esse dilema quanto a permissão ou não do uso desses itens durante a aula. Eles viraram febre entre as crianças. Podem sim ter seus benefícios, mas a questão complicada é: serão eles concorrentes dos professores, quando pensamos no ambiente escolar?
Esses brinquedos do momento podem ter chegado para ficar. Ou não. Já vimos vários desses brinquedos aparecer e sumir (Ioiô da coca-cola e o tamagotchi, por exemplo, fizeram parte da minha infância). No entanto a coisa tem tomado proporções interessantes. Pode-se usar o exemplo do fidget cube (um cubo com um monte de botões e rodinhas que não fazem nada), um brinquedo lançado na plataforma de financiamento coletivo Kickstarter, que rendeu quase 6,5 milhões de dólares aos desenvolvedores, em pouco tempo.
Devo confessar que fiquei intrigado com o tal “spinner”. Num passeio em um parque de Belo Horizonte com minha família acabei comprando um “para minha filha” (rsrsrs). Não me cativou, mantém minhas mãos ocupadas por um tempo mas rapidamente deixa de ser atrativo. Acredito que quem dirá se os “figdet toys” vieram para ficar será o tempo. Aguardemos…
Enquanto isso confira algumas sugestões de brincadeiras do site mindful.org, que podem ajudar na concentração usando o spinner:
1) Spinner temporizador
Feche delicadamente os olhos. Mantenha sua atenção nas sensações de sua respiração. Seu spinner é agora seu “temporizador de meditação” – continue focando em sua respiração. Sua “micro-sessão” de meditação terminará quando o spinner parar em seus dedos. Se você se distrair, não se preocupe com isso – simplesmente leve seu foco de volta a sensação de sua respiração. Abra seus olhos e , se quiser, vá para outro giro!
2) Envolva seus sentidos
Tente se concentrar em como o spinner se parece, enquanto se movimenta, acelerando ou desacelerando. O som dele girando. Você também pode fechar os olhos e sentir a vibração do giro contra os dedos. Tente sentir quando o spinner vai diminuindo a velocidade até parar. Seja qual for o foco que você usa como âncora, continue trazendo sua mente de volta ao foco para fortalecer esses “músculos” da concentração e retorne sempre ao momento presente, quando divagar.
3)Saia do piloto automático
Uma maneira divertida de trazer mais atenção a tudo o que fazemos sem pensar, ou em estado de piloto automático, é tentar fazer as coisas com nossa mão não dominante. Explore a sensação diferente e incomum usando sua outra mão. Perceba que pensamentos e sentimentos surgem quando tenta algo mais difícil.
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Imagine quantas vezes você já se pegou debatendo consigo mesmo preso há algo que [...]
Fidget spinners: Tá todo mundo falando nisso mas eles trazem algum benefício?
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