Sabe-se que a pessoa pode ter uma memória dolorosa ou uma experiência assustadora com as primeiras injeções. Existem algumas circunstâncias em que o medo pode ser instaurado:
– para muitas crianças, receber uma injeção de uma estranho, por si só já é assustador. Ela é incapaz de compreender por que razão os pais não estão a protegendo da dor, e assim fica o registro na memória de um trauma;
– pais, avós e cuidadores, ainda também podem, mesmo que não intencionalmente, serem os responsáveis por incutir o medo de agulhas ao falar para a criança: “Fique longe das agulhas, você pode se machucar!” ou “Você tem que ser corajoso para tomar vacina, não pode chorar!”
– ou até mesmo se um parente significativo para a criança tem medo de agulha, ela sem ter consciência aprende. Ou ainda, ela ao ver um idoso tomando uma injeção e alguns dias após falece.
Todas essas experiências ficam registradas na memória dela com uma emoção intensa e até hoje, após a infância, ao se lembrar ou na iminência de fazer um exame de sangue ou tomar uma vacina, o organismo dessas pessoas dispara uma resposta de ansiedade. Sensação de desmaios e falta de ar, taquicardia, boca seca e sudorese: esses são alguns sintomas que indicam que o medo de agulha não é um exagero, não é uma bobagem nem uma” criancice”, é uma fobia e pode ser tratada.
Uma abordagem terapêutica americana, recente aqui no Brasil, o EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing), propões que de forma breve essas lembranças difíceis sejam reprocessadas por meio de estimulações bilaterais. Assim, é possível dessensibilizar ou reduzir a intensidade da resposta de ansiedade, de forma que o cliente ao pensar novamente em agulhas e injeções não desencadeia mais uma série de sensações, sentimentos pensamentos perturbadores.
Segundo Francine Shapiro, quem desenvolveu essa terapia, todo o ser humano tem um sistema de processamento psicológico de informações, similar ao sistema digestivo (no qual o corpo extrai nutrientes dos alimentos para sua sobrevivência). Quando ocorre um evento traumático, esse sistema falha e não processa corretamente essas informações, fazendo incorretamente a ligação entre a lembrança do fato e os sentimentos ligados a ele. O EMDR tem o objetivo de refazer essa ligação de maneira correta.
A eficácia dessa terapia foi comprovada por estudos científicos, apresentados no Congresso Brasileiro de EMDR e aceita pela Organização Mundial da Saúde. Na prática dos consultórios observa-se que a cura é possível e clientes relatam por vezes que sentem-se mais tranquilizados quando o reprocessamento termina.
A Oficina de Psicologia, sediada em Belo Horizonte possui uma equipe de psicólogos terapeutas em EMDR para atender à essa demanda. Contato: (31) 3284.8703
E, claro a Oficina de Psicologia em Portugal e Angola também!
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