A doença de Peyronie é uma perturbação do tecido conetivo que envolve o crescimento de placas e que se transforma numa cicatriz fibrosa e rija ou numa inflamação na túnica albugínea, que causa uma curvatura acentuada e deformação do pénis quando há uma ereção. Normalmente é doloroso e pode ser um impedimento à penetração. Estima-se que esta doença afete 5% da população masculina.
Os autores Goldstein, Hartzel e Shabsigh juntaram-se para perceber qual a falta de conhecimento bem como as necessidades de investigação tendo em conta os efeitos da doença de Peyronie. Estes efeitos podem ser físicos, psicológicos, impactar a qualidade de vida e as relações interpessoais. Após uma análise da literatura perceberam que os efeitos desta doença podem ser divididos em quatro categorias: (a) disfunção sexual devido à dor e à alteração da forma do pénis; (b) efeitos psicológicos; (c) efeitos no parceiro e na relação; e (d) efeitos das opções de tratamento para a doença de Peyronie. Os resultados indicam que os objetivos de tratamento poderão passar pela psicoeducação, estratégias de coping, mal-estar na relação e terapia sexual podem ter um impacto significativo na qualidade de vida do doente.
Para muitos pacientes, os efeitos desta doença são funcionais e psicológicos. Ambos aspetos devem ser avaliados e tratados nos doentes, bem como considerados como referência. A dor física, o mal-estar emocional e isolamento, o impacto no parceiro e na relação devem ser alvo de maior atenção.
Em casos mais graves da doença, pode-se recorrer a cirurgia, sendo que noutros casos, pode haver uma melhoria espontânea. Ainda pouco se sabe sobre a sua causa, mas os estudos apontam para algum tipo de trauma ou agressão ao pénis, ainda que a maior parte dos doentes afirme que nunca tenha acontecido.
De uma forma geral, importa salientar que este tipo de doença tem um impacto grande quer na auto-estima do homem, quer na sua qualidade de vida. Em alguns casos chega mesmo a haver disfunção erétil devido à dor. Após a cirurgia corretiva, o homem volta a ter ereção sem dor, mas verifica-se que muitos mantêm dificuldades sexuais devido a fatores psicológicos.
Referência: Goldstein, I., Hartzell, R. & Shabsigh, R. (2016). The Impact of Peyronie’s Disease on the Patient: Gaps in Our Current Understanding. Journal of Sex & Marital Therapy. 2016, Vol. 42 Issue 2, p178-190. 13p.
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