As Perturbações do Desejo Sexual podem-se dividir em dois grupos, de acordo com a maioria dos sistemas de classificação; por um lado temos o Desejo Sexual Hipoativo e por outro a Aversão Sexual. O primeiro caracteriza-se pela deficiência ou ausência de fantasias sexuais e falta de desejo e envolvimento em atividade sexual, enquanto o segundo se carateriza pela resposta aversiva e de evitamento ativo do contacto sexual com um parceiro.
De uma forma geral, a Aversão Sexual caracteriza-se por uma resposta fóbica, habitualmente associada à recordação de um episódio sexual traumático ou ao medo de contrair uma doença sexualmente transmissível, enquanto o Desejo Sexual Hipoativo consiste numa ausência de motivação para o envolvimento em atividade sexual e encontra-se usualmente associado a depressão, perturbações de ansiedade ou conflitos relacionais.
Embora o diagnóstico de Desejo Sexual Hipoativo seja aplicado tanto a homens como a mulheres, a sua frequência é significativamente superior na população feminina. Nos homens, esta perturbação surge frequentemente associada à disfunção erétil, enquanto nas mulheres pode surgir acompanhado por dificuldades de excitação e orgasmo.
No que diz respeito à causa da perturbação do Desejo Sexual Hipoativo, diversos podem ser os fatores apontados como tendo influência no seu início, desenvolvimento e manutenção. Como principais fatores de origem orgânica são habitualmente apontados o sistema endócrino (hormonas) e a medicação (anti-hipertensivos, neurolépticos e sedativos, antidepressivos, medicação anticonvulsiva, agentes quimioterapêuticos). Como principais fatores psicológicos podemos salientar a existência de experiências sexuais traumáticas, perda de atração pelo parceiro, receio de doenças sexualmente transmissíveis, presença de psicopatologia (depressão, perturbações de ansiedade, perturbações alimentares) ou presença de estados emocionais de irritação, depressão ou ansiedade.
Por sua vez, o diagnóstico de Aversão Sexual distingue-se da perturbação de desejo sexual hipoativo pela existência de intensas respostas emocionais negativas que estão na origem do evitamento das situações de partilha sexual (sendo o medo e a repulsa as emoções mias comuns). Nesta perturbação, a resposta de confronto com uma situação sexual pode ser como um típico ataque de pânico, podendo incluir ansiedade extrema, palpitações, tonturas, náuseas e sensação de desmaio. A evidência clínica sugere que a prevalência da aversão sexual é mais comum nas mulheres do que nos homens.
Relativamente aos fatores etiológicos envolvidos no início e manutenção da Aversão Sexual, diversos dados indicam uma forte relação entre a aversão e a vivência de experiências sexuais traumáticas na infância, adolescência ou idade adulta. Para além desta correlação, poderão existir outros fatores psicossociais tais como: a presença de crenças e expectativas sexuais erróneas associadas a uma educação sexual restritiva e negativa, dúvidas relacionadas com a orientação sexual, baixa autoestima e imagem corporal. Como principais fatores de origem médica são apontados uma eventual deformação genital congénita ou o trauma físico nas zonas erógenas.
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