A resposta a esta pergunta parece ser intuitiva: “para me sentir bem, seguro, realizado!”
Então porque não investimos mais nestas emoções? Como fazê-lo?
Antes de continuar vamos esclarecer, há emoções “positivas” ou “negativas”? Não, quando denominamos as emoções de “negativas” ou “positivas” tem a ver com a qualidade do que sentimos (bom ou mau) e com a capacidade que temos para lidar com essas emoções (temos mais dificuldade em lidar com o desconforto causado pelo medo ou pela tristeza e não sabemos ou aprendemos a regular estas emoções). No fundo as emoções espelham a dualidade que caracteriza a vida (amor-odio; medo-segurança) e são adaptativas, ou seja, permitem-nos agir de forma a satisfazer as nossas necessidades. No entanto vamos manter esta denominação (positiva e negativa) para fins ilustrativos.
Apesar da sua importância e da tendência para nos forcarmos no “negativo” hoje não vou falar sobre as emoções negativas mas sim das emoções positivas. Também estas tem valor adaptativo e permitiram a evolução da nossa espécie … Percebe porque o medo é uma emoção adaptativa (permitiu aos nossos antecipados antecipar perigos e assim poder proteger-se) mas não percebe como a alegria, a gratidão, o amor, a serenidade, a inspiração, a esperança, o orgulho, o interesse tiveram um papel importante na sobrevivência da espécie e no seu desenvolvimento? É verdade, estas emoções são o centro da natureza humana que permitiram ao Homem abrir-se ao mundo aos outros a novas experiências, criar novas competências novas formas de ser e estar.
Mais interessante ainda é o facto de nascermos com a “matriz” para gerar emoções positivas, são estas que nos permitem criar recursos psicológicos sociais e intelectuais, que são em si transformadores e construtivos.
Qual é o segredo para me sentir bem? É comum procurarmos no exterior a fonte do nosso bem-estar, segurança e sucesso quando temos dentro de nós a fonte que nos permite ser mais positivos, mas não a utilizamos e acabamos por não ter “stock” destas emoções que nos permite abrir o nosso coração e nossa mente para o mundo e para os outros. O segredo está em estar atento e criar experiências “positivas”, de forma a aumentar o seu “stock” de “positividade”. Para quê? Para além do poder transformador que já falámos, mais que não seja porque faz bem à sua saúde física e mental!
Deixo algumas perguntas que podem ajudar a investir nas emoções positivas:
Quando foi a última vez que que senti esta emoção? Onde estava? O que estava a fazer? O que mais me faz sentir esta emoção? O que posso fazer para cultivar esta emoção?
Ansiedade pós-parto: não, não é a única!
Certamente está a estranhar o título deste artigo... Será que não [...]