Estamos na segunda semana de Janeiro e já se esvaíu a euforia da entrada no novo ano com muito champanhe, música, dança e mesmo as 12 passas para quem gosta e não gosta, e simplesmente as engole por tradição; o bater de tachos e panelas à meia noite do dia 31, e começamos a mesma velha rotina dos dias corridos e cheios de pressa.
Em suma, desejamos muito e tudo e a todos e fazemos muito pouco para além de brindes!
E onde ficaram os nossos desejos, os nossos sonhos? Já os transformou em objectivos e já os escreveu? Já pensou que se não parar para pensar, planear e estabelecer prioridades, nada vai acontecer?
Dezembro enche-nos de expectativas e começamos a fazer o balanço, que rapidamente abandonamos. Infelizmente, nem todos se sentem gratos pelo que tiveram face a um ano que termina com muitos contrariedades, algumas tristezas e mesmo dores, que conseguem ofuscar todas as coisas boas e nem sequer se conseguem sentir gratos pelo que têm. E temos sempre mais do que a maioria da humanidade e para constatarmos isso não precisamos de ouvir os noticiários, ver as desgraças que vão pelo mundo, naturais e provocadas por guerras e terrorismo. Tristemente, basta passear à noite pela nossa cidade e ver a quantidade de sem-abrigo a dormir nos vãos de portas e sob pontes e aquedutos, nas estações de comboios e mesmo nos jardins, os doentes muito idosos que os familiares deixaram no hospital com uma pneumonia e que se esquecem de ir buscar mesmo depois da alta, e quiçá numa fila de supermercado o deficiente ou acidentado a quem damos prioridade na fila.
E não podemos fazer juízos de valor. Calçarmos os sapatos dos outros é possível e aconselhável, na medida em que nos dá a empatia necessária para lidar com a situação e para reagir adequadamente. Todavia, só o próprio consegue perceber a razão porque os calça. Nem todos temos as mesmas oportunidades. Por opção, desgraça ou inépcia cada indivíduo encontra-se hoje onde está! E nós, esquecemo-nos do que temos de bom e enfatizamos a dor e a perda por que nos deixamos invadir, sem agradecer o bom que temos e tivemos no ano que terminou.
Mas Janeiro é mês de reínicio de um ciclo de vida e vamos lá sentarmo-nos frente a uma folha de papel e começar a escrever 12 objectivos para 2018. Objectivos pessoais e profissionais, porque somos só um indíviduo e pessoal e profissional fazem parte da vida de cada um de nós que ainda estamos no activo; objectivos que têm que ser específicos, mensuráveis, alcançáveis (esqueça lá isso de ganhar o Euromilhões, pois não depende de si….), realistas e com um prazo de tempo para a sua realização.
Os seus objectivos para 2018
A folha de papel em branco assusta-o? Nada disso. Comece por alinhar os 12 números na vertical e depois pense no que quer mesmo fazer e vai fazer este ano como, por exemplo, passar 30 minutos a brincar com os seus filhos diariamente; ir ao ginásio 2 ou 3 vezes por semana; visitar os seus pais ou um familiar uma vez por semana, mês ou por trimestre; sair com amigos quinzenalmente… e sei lá, tanta coisa que cada um de nós quer fazer e precisa fazer para se sentir realizado e alcançar o que quer na vida. E já agora não se esqueça de por a data em que os quer concluir.
Escreva no presente, pois o verbalizar é como uma profecia auto-cumprida!
E se já acabou a sua lista de objectivos, isto é só o início da conversa. Agora, pegue na sua agenda, de papel ou electrónica, que sincroniza no seu telemóvel, tablet e computador, e comece a agendar estes objectivos. Dia e hora de início e de fim de cada um deles, diária e semanalmente, ainda que haja alguns, como o exemplo que lhe dei de brincar 30 minutos diariamente com os seus filhos e as idas ao ginásio, se repetem, criando-lhe uma agenda semanal, e cujo prazo só deverá terminar a 31 Dez, pois no dia 01 Jan recomeça novo ciclo e vai delinear outros objectivos ou prolongar alguns destes no tempo.
A escolha é sua, os objectivos são seus, agora ponha mãos à obra que ainda estamos em Janeiro. Mas se nem tudo está claro e acha que precisa de ajuda para conseguir delinear alguns desses objectivos ou para aclarar algumas nebulosas no seu futuro, pode sempre pedir ajuda. Fazer nada é que não é alternativa!
E, não se esqueça: sem objectivos claros, não há resultados tangíveis e satisfatórios!
Bom Ano!
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