Sente que está a caminho de enfrentar stress crónico e que começa a ter sintomas de esgotamento? Pois bem! Aproveite o período de férias para fazer um balanço, ativar e fortalecer os seus recursos pessoais para superar aquilo que se designa como stress crónico.
Lembre-se: o primeiro passo para resolver um problema é reconhecê-lo!
Faça uma reflexão e tente responder a estas questões:
- Qual o nível de stress que está a enfrentar? O seu stress percebido é elevado?
O stress parece estar presente em todos os momentos da nossa vida e na sua essência pode ser organizador. No fundo, assinala tudo o que valorizamos verdadeiramente. A forma como o encaramos é que pode ser crítica e trazer consequências graves para o seu dia a dia.
No site da Oficina de psicologia disponibilizamos este teste que sugiro que faça;
https://oficinadepsicologia.com/test/quanto-stress-sente-na-sua-vida-2/
Aqui poderá aperceber-se de forma mais concreta o seu nível de stress. Esta escala de Stress Percebido, adaptada da versão de Sheldon Cohen, é o instrumento mais frequentemente usado em psicologia para medir a percepção de stress. Trata-se de uma medida que avalia o grau de situações interpretadas como indutoras de stress, na sua vida. As perguntas colocadas procuram perceber até que ponto sente a sua vida atual como imprevisível, fora de controlo ou desgastante.
Agora vamos as causas!
Já parou para pensar que ser capaz de “atender a tudo e a todos ao mesmo tempo” pode ser uma grande armadilha?
Vou contar-lhe a história da Diana, uma personagem fictícia que criei com base nos casos que acompanhei ao longo da minha prática clínica e que espero que ajude a elucidar algumas situações que determinam o estado de esgotamento físico e mental.
Diana era jovem, cheia de energia e saúde, tinha a certeza de que estava imune a qualquer tipo de desequilíbrio. Trabalhava numa grande empresa, convivia com profissionais instigadores e geria projetos que tinham impacto na vida de milhares de pessoas. Ganhou prémios, era reconhecida pelo seu desempenho e era incentivada a manter-se no topo. Apresentava-se como uma pessoa independente, bem-resolvida, excelente mãe e esposa, com opiniões fortes e um estilo de vida saudável. Praticava desporto, não bebia, não fumava, ajudava os filhos nos trabalhos de casa, acompanhava o marido em atividades profissionais, tinha uma vida social intensa, era voluntária em iniciativas humanitárias. Sentia-se como a mulher maravilha, capaz de atingir todas as suas ambições pessoais e profissionais. Diana tinha imenso trabalho a manter esta imagem de sucesso para si própria e para o mundo. Mas, como recompensa, tinha a sensação de que estava no comando da sua vida. Equívoco: Diana queria ser perfeita e esperava o mesmo de todos ao seu redor. E isso custou-lhe caro.
Diana não se apercebeu que, gradualmente, começou a ter uma quebra na sua criatividade e energia para o trabalho. Sentia-se mais irritada e via-se frequentemente envolvida em conflitos com os colegas e com a sua própria equipa.
Estava a enfrentar os primeiros sinais e sintomas da síndrome de burnout.
Vivia a angústia advinda da necessidade de ser altamente reconhecida no trabalho e de sentir que precisava dar maior atenção à sua casa, marido e filhos. Passou a ter enxaquecas, tensões musculares, insónia e o trabalho já não despertava o mesmo.
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