O jogo “baleia azul”
Será ele o grande perigo do momento?
Nos últimos dias temos vistos várias noticias sobre o jogo baleia azul que recentemente chegou ao Brasil e tem como desafio levar os jovens a realizarem atos contra a própria vida.
Os pais estão bastante assustados, e com razão; pois existe a suspeita de casos de morte relacionadas ao jogo em nosso país.
Frequentemente percebermos a aflição dos pais diante desses fatos por se sentirem despreparados para lidar com tanta vulnerabilidade observada nos jovens, não apenas em relação a este jogo, mas também em relação aos atos de automutilação que tem sido cada vez mais frequentes entre eles.
Porém, além de toda discussão social e criminal necessária a respeito do jogo, como profissional da saúde vejo que ele é só um sintoma, e, como todo sintoma, tem a função de apontar a existência de um adoecimento, que tem sido identificado nos consultórios dos psiquiatras e psicólogos como a solidão sentida por esses jovens.
A angústia e a solidão vivida com intensidade favorece a identificação com a dor e com a morte, levando o jovem mais facilmente a esse jogo, que propõe desafios relacionados aos limites da vida.
Vejo que é fundamental olharmos para além do jogo e enxergarmos a saúde emocional dos jovens. Sendo importante que os pais busquem orientação adequada para lidar com a vulnerabilidade psicológica dos seus filhos de forma efectiva, caso contrário, ficaremos a falar do sintoma e não cuidaremos efetivamente do adoecimento.
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