Já não chegam as palavras, nem nunca chegaram.
Nunca chegaram para expressar o que sentimos e há tanta coisa indizível e tantos pensamentos que não nos atrevemos a verbalizar.
Hoje o poema intitulado Adeus, de Eugénio de Andrade, inundou-me:
As palavras estão gastas
E há tanta coisa que não sendo indizível, não nos atrevemos a verbalizar, porque a palavra dita transforma-se numa profecia auto-cumprida ou porque torna irreversível o sentimento que provoca no outro. Está dito!
Já não chegam as palavras
e não é só porque estão gastas, mas porque as tememos…
Já gastámos as palavras pela rua….
Gastámos tudo menos o silêncio
E é de palavras e de silêncios que trata o coaching: uma viagem pelas palavras, pela capacidade de verbalizar, aprender a expressar o que queremos, prestando contas a nós próprios e aos outros a quem temos que prestar contas, assertivamente, aprendendo que o silêncio é importante na senda da palavra certa para verbalizar o que queremos e que vamos construir.
As palavras estão gastas se não as soubermos usar. E o silêncio é preciso como espaço de reflexão e de procura.
Se os nossos objectivos influenciam os nossos comportamentos, são as suas consequências que influenciam futuros comportamentos e os nossos objectivos têm que ser verbalizados, escritos. Escrever cristaliza o pensamento e ajuda-nos a reflectir, a escolhar, posicionando-nos para determinados comportamentos.
Se a velha frase “comportamento gera comportamento”, dita quase sempre em contexto negativo ou potencialmente danoso, está banalizada, a verdade é que são os nossos comportamentos que nos vão fazer alcançar os nossos objectivos, gerando novos comportamentos adequados às escolhas que fazemos.
E coaching é posicionarmo-nos para determinados comportamentos que nos levam a resultados desejados, equacionados, mas que nunca alcançámos porque não nos posicionámos de uma maneira clara e indubitável.
Planos de acção são fruto do planeamento que gerou um plano, que preconiza um conjunto de acções a serem executadas de acordo com um cronograma. Se nos ficarmos pelo planeamento e por um belíssimo plano, vamos ficar imobilizados onde temos estado, com um documento cuidadosamente redigido, mas só isso, pois só comportamentos bem definidos nos levam a acção conducentes aos resultados que nos propomos ou que pelo menos desejamos.
Mais fácil dito do que feito? Sem dúvida, mas se não se sente suficientemente forte e decidido para o fazer sozinho, pode sempre pedir ajuda. Se não mudar, vai congelar onde está!
Já não chegam as palavras: é preciso passar à acção!
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Assertividade precisa-se!
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