A maneira como se consome pornografia mudou muito nos últimos anos e tal fenômeno tem provocado problemas na vida sexual dos homens. Num passado bem próximo, apenas maiores de 18 anos podiam comprar, nas bancas de jornais, revistas masculinas ou podiam alugar vídeos de conteúdo pornográfico em locadoras. Isto tornava o acesso muito limitado. E isto era bom porque era apenas um material estimulante e não trazia prejuízos para vida sexual a dois.
Hoje, num clique apenas, temos, dentro de casa, acesso a conteúdos pornográficos gratuitamente. Como diz o ditado, a diferença entre o remédio e o veneno está na dose. Assim, O consumo exagerado de pornografia virtual tem produzido impotência sexual, predominantemente, em jovens de 18 a 30 anos. Até pouco tempo atrás, os homens que apresentavam problemas de disfunção
sexual eram mais velhos, na faixa dos 50 anos, e tal problema estava na maioria das vezes, associado a questões de natureza orgânica como alterações hormonais, diabetes, doenças coronarianas, tabagismo, excesso de álcool, esclerose múltipla. Os pacientes de hoje são homens de 18 a 30 anos que não apresentam causas orgânicas relacionadas à sua impotência sexual. O que estaria acontecendo com a saúde sexual destes rapazes?
Vários estudos tem correlacionado o fato acima ao consumo exagerado de pornografia online pelos jovens. Eles são muito mais suscetíveis a desenvolverem, rapidamente, o vício por material virtual de natureza sexual. É comum que vejam, várias vezes por dia, vídeos pornográficos e se masturbem diante das cenas apresentadas. Com o passar do tempo, aquelas cenas já não mais os estimulam e eles passam a buscar conteúdos mais exagerados para conseguirem uma ereção.
A grande questão é que a vida normal é muito diferente da vida virtual e, estes homens, mesmo estando atraídos por suas parceiras e sentindo desejo de fazerem sexo com ela, não conseguem se excitar e/ou manterem uma ereção, pois seu cérebro ficou viciado em conteúdos eróticos próprios do mundo da pornografia virtual e não mais se excita com a vida real bem menos sofisticada do que a vida sexual apresentada na rede.
A pornografia online aumenta a sensibilidade para estímulos pornográficos e reduz a sensibilidade para os estímulos sexuais normais no cérebro. Nosso comportamento sexual ativa o mesmo circuito cerebral (sistema de recompensa) que as substâncias viciantes, como a cocaína, sendo a pornografia online um estímulo particularmente forte para esse circuito que desenvolve comportamentos recorrentes por resultar numa atividade de auto-reforço. Ou seja, quanto mais pornografia virtual o sujeito consome, mais seu cérebro se ativa, se estimula, se excita e vai querer, cada vez mais, doses maiores e mais fortes. Assim, observar pornografia na internet de modo sistemático, aumenta a tolerância da pessoa, o mesmo que acontece com os dependentes de álcool e drogas, e a torna menos propensa a responder à atividade sexual regular e ao mundo real dependendo cada vez mais de pornografia para obter uma ereção.
Se você se identificou com o texto e percebe que seu consumo de pornografia virtual é exagerado e você não tem controle sobre isto, ou se você já apresenta dificuldades de ereção numa relação sexual normal, mas se excita facilmente com material pornográfico na internet procure ajuda de um profissional especializado, caso isto esteja trazendo sofrimento para você ou para quem você ama.
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