We repeat what we don’t repair
Christine Langley-Obaugh
Encontrei esta frase no Facebook, num daqueles sites inspiracionais, e não pude deixar de parar o scroll down. Voltei para cima para a reler. Tocou-me! Alertou-me para uma verdade lapalissiana e infeliz.
Repetimos o que não reparamos!
Verdade? Sim, infelizmente!
Repetimos o que não reparamos, o que não fomos capazes de consertar, que deixamos que se tornasse um fantasma sem saber como conviver com ele pacificamente e deixando assim que ele volte a assombrar os nossos dias ou as nossas noites, o que não quisemos olhar de frente e a que preferimos virar as costas num facilitismo humano mas infantil.
Repetimos os nossos erros se nada aprendemos com eles ou se temos a ilusão de que desta vez vai ser diferente. E até quando?
Persigamos os nossos sonhos, mas não deixemos que eles nos persigam! Sonhos são sonhos e se não os conseguirmos transformar em objectivos muito concretos, com sentido e com propósito, então estaremos a perseguir fantasmas que nos atormentarão e que regressam inusitadamente quando menos nos fazem falta, ou quando, por qualquer coincidência (e não há coincidências….) nos voltam a surgir como pop ups, quando menos esperamos. Além disso, na maioria das vezes, surgem quando menos falta nos fazem, quando achamos que já tínhamos ultrapassado aquela tormenta e nos fazem consumir tempo, tirar paz de espírito e, pior, infernizar a nossa vida e a dos que nos rodeiam, dos que nos amam e que incondicionalmente estão ao nosso lado.
Errar é humano, e os erros fazem parte de um percurso de aprendizagem e de crescimento inerente à vida. Erramos e emendamos, crescemos!
Mas quando não é assim? Voltamos a repetir o mesmo erro indefinidamente, para ver se desta vez é que dá certo?
Repetimos por hábito, por preguiça, porque deixamos que os outros nos controlem e assumam um percurso que é nosso e que deveria ser liderado por cada um de nós como seres plenos, que sabem o que querem e para onde querem ir.
Repetimos porque nos iludimos com as emoções que não sabemos deixar fluir, pelos lutos que não fomos capazes de fazer camuflados e abafados pela raiva ou porque decidimos fugir, tapando o sol com uma peneira tamanho do mundo.
Repetimos, porque quando não somos capazes de resolver, também não temos a lucidez de pedir a ajuda.
E lembre-se, que se errar é humano, pedir ajuda também, nem que seja a quem está ao nosso lado, que nos ama incondicionalmente, e que tem a lucidez de nos mostrar uma alternativa.
Vale a pena parar para pensar, antes de voltar a repetir!
Já não chegam as palavras
Já não chegam as palavras, nem nunca chegaram. Nunca chegaram para [...]
Parar para pensar, eu preciso.
Sempre muito útil, cara Alexandra! :)
Abraço