Há 2 ou 3 décadas a grande maioria das organizações recrutava os seus colaboradores pelas suas competências técnicas, pelo posicionamento no ranking das universidades onde tinham completado o seu currículo académico e pela sua experiência profissional, se esta última fosse um requisito para a função… e, infelizmente, isto ainda acontece nalgumas organizações. Todavia, como o recrutamento se baseava somente nas competências técnico-profissionais, os despedimentos surgiam devido a inadequação do colaborador: questões comportamentais, incapacidade de relacionamento e integração nas suas equipas e de comunicarem eficazmente de uma maneira transversal na organização.
A relevância do conhecimento dos colaboradores dentro das organizações pelas suas chefias diretas e através das avaliações de desempenho é de suma importância: o seu tipo de personalidade, o modo preferido de relacionamento e de comunicação e mesmo os seus hobbies e actividades fora das organizações como, por exemplo, voluntariado ou uma prática desportiva, como única base para um intervenção eficiente e eficaz na implementação de planos de desenvolvimento das designadas “soft skills”, para alavancarem as suas potencialidades a nível de motivação e produtividade, bem como de redução de conflito e desenvolvimento de carreira, em que se observam os seguintes resultados:
– Melhor relacionamento entre chefias e os seus subordinados:
– Melhor relação de trabalho intra e inter-equipas e entre as diversas funções:
– Melhor relação de trabalho com a equipa executiva; e
– Melhor relação de trabalho entre as equipas comerciais e de pós-venda e de apoio
ao cliente.
E aqui surge o Coaching como uma das ferramentas mais eficazes no desenvolvimento pessoal!
A International Coach Federation – ICF – define coaching como uma parceria com o cliente (coachee) através de um processo criativo de geração de pensamento, que o inspira a maximizar o seu potencial pessoal e profissional, particularmente importante hoje em dia no ambiente tão complexo, inseguro e imprevisível.
O coach considera que cada cliente é o perito da sua própria vida, e que cada cliente é um universo em si mesmo, criativo e com recursos próprios. A partir daqui, a sua responsabilidade como coach será de:
– Descobrir, clarificar e alinhar com o cliente o objectivo ou objectivos a alcançar;
– Encorajar o cliente à auto-descoberta;
– Conseguir que o cliente consiga chegar às suas próprias soluções e estratégias;
– Considerar sempre o cliente responsável pelas suas próprias escolhas e decisões.
Este processo ajuda o cliente a melhorar drasticamente a sua visão da vida e do trabalho, ao mesmo tempo que melhora as suas capacidades de liderança, desbloqueando o seu potencial.
O Coaching Profissional foca-se no estabelecimento de objectivos e gestão de mudança pessoal e, por isso, distingue-se de outros serviços profissionais; tais como terapia, consultoria, mentoring e formação.
Vejamos:
Enquanto que a terapia trata a dor e a disfunção, o conflito dentro do próprio indivíduo ou na sua relação com os outros, e é um trabalho feito por especialistas da área da saúde; a consultoria faz o diagnóstico, prescreve soluções para o negócio, por vezes implementando-as; o mentoring proporciona todo um aconselhamento baseado numa vasta experiência profissional por parte de um perito, e a formação visa o alcance de objectivos de “saber fazer” por parte de um formador ou instrutor, que assume um percurso formativo de acordo com determinado programa, o coaching:
- apoia o crescimento pessoal e profissional, com base na vontade e iniciativa própria de mudança, na senda de objectivos específicos, quer sejam pessoais, quer profissionais;
- foca-se no futuro: onde se quer chegar;
- foca-se em delinear estratégias conducentes a esses objectivos;
- assume que tanto o indivíduo, como as organizações, são capazes de gerar as suas próprias soluções, com o enquadramento de apoio e abordagens de descobertas do coach;
- não aconselha, nem dá soluções, sendo os indivíduos, ou os grupos, que alcançam o seu próprio objectivo;
- os objectivos são estabelecidos pelo coachee ou pelo grupo de coachees, sob orientação do coach, não havendo um programa estabelecido.
Coaching: o processo
1ª Sessão (gratuita)
Um processo de coaching começa com uma sessão, uma conversa, presencial ou por vídeo-conferência, para avaliar o que é que o cliente pretende alcançar e definir o âmbito da relação, as suas prioridades e o cronograma das sessões.
Nesta primeira conversa são apresentados os seguintes documentos ao Cliente/Coachee, para leitura e assinatura:
- Contrato de Coaching: Estabelece as regras desta parceria entre Coach e cliente (número de sessõe e duração de cada sessão; cronograma e preço)
- Acordo de Confidencialidade: Compromisso sobre toda a informação que é tratada nas sessões de Coaching e tratamento dos materiais de coaching
- Assinatura do Código de Ética da International Coach Federation (ICF): Leitura e assinatura pelo Coachee do Código de Ética da Internatonal Coach Federation, de que o Coach é membro e por que se rege no seu trabalho
2ª Sessão e seguintes:
As sessões seguintes devem ter uma duração entre 50 e 60 minutos e a duração da relação de coaching vai depender das necessidades e das preferências do cliente/coachee.
Abordagem Apreciativa
Há todo um conjunto de técnicas utilizadas no processo de coaching que incorpora sempre uma abordagem apreciativa; ou seja, aquilo que é correcto, que funciona e onde se quer e é necessário chegar.
Nesta abordagem o coach vai utilizar modelos construtivos de comunicação e métodos que vão realçar a eficácia da comunicação pessoal através de perguntas generativas, de uma abordagem proactiva na gestão das oportunidades e dos desafios, enquadramento das observações e dando sempre um feedback positivo, focando-se numa visão de sucesso. Esta abordagem apreciativa é de muito fácil compreensão e utilização e tem um impacto profundo, gerando novas possibilidades e incitando à acção.
Avaliações
Existe uma variedade de avaliações para um processo de coaching, dependendo mais uma vez das necessidades individuais, pessoais ou profissionais. Estas avaliações dão uma informação objectiva que, para além de permitirem a tomada de consciência e providenciarem um ponto de partida para o estabelecimento de objectivos e de estratégia, proporcionam também um método de avaliação do progresso que vai sendo alcançado.
Indicadores externos de performance:
- – Alcance dos objectivos estabelecidos no início do processo, por exemplo:
– mais rendimento,
– uma promoção,
– feedback de terceiros: chefia, família, amigos e conhecidos,
ou seja, algo que o cliente já avalia ou sobre o qual tem capacidade de influenciar e intervir.
Indicadores internos de sucesso:
– Avaliação e validação de avaliação feitos regularmente no processo de coaching pelo próprio cliente, através da sua tomada de consciência e também dos seus grupos de pertença; nomeadamente alteração da maneira de pensar e encarar determinados temas que são importantes e criando acções mais eficazes, alterando os seus estados emocionais que lhe possam inspirar uma maior confiança.
E agora que já sabe como se processa uma intervenção em Coaching, fico a aguardar o seu contacto, para podermos começar a traçar o plano que o irá levar onde pretende!
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