Quando estamos diante de uma situação nova ou inesperada, é completamente natural sentirmo-nos ansiosos, apreensivos ou preocupados. Nas crianças não é diferente. A volta às aulas, uma viagem em família, uma saída com os amigos, ou mesmo temer um castigo quando se erra, são situações que geram ansiedade.
Entretanto, apesar de a ansiedade ser um estado emocional considerado normativo, muitas vezes ela excede os limites do que é saudável. Quando a preocupação é desproporcional ao estímulo e afeta a qualidade de vida do indivíduo e/ou das pessoas que estão a sua volta, deve-se ter atenção, pois este é um sinal de alerta!
Os Transtornos de Ansiedade mais comuns na infância são: o Transtorno de Ansiedade de Separação, Fobias Específicas e Transtorno de Ansiedade Generalizada.
A Ansiedade de Separação instaura-se quando a criança demonstra uma ansiedade excessiva ao separar-se dos pais ou figuras de vínculo equivalente. A ansiedade não é adequada ao seu nível de desenvolvimento e permanece por várias semanas.
Reações de desespero, choro, agitação psicomotora e até ataques de pânico diante de um determinado objeto ou situação, são características das Fobias Específicas. Não são como os medos normais, pois a reação foge do controle, é persistente e compromete o funcionamento da criança.
A Ansiedade Generalizada são os medos e preocupações exagerados e irracionais em relação a várias situações. Crianças com Transtorno de Ansiedade Generalizada, dificilmente relaxam, estão sempre preocupados em serem aprovados por terceiros e sua confiança tem de ser constantemente renovada. Qualquer coisa pode-se tornar um estímulo ansiogénico. Queixas somáticas são comuns neste transtorno, para além dos sinais de hiperatividade autonômica, como a sudorese, taquicardia, tensão muscular e vigilância aumentada.
As crianças, por estarem em fase de desenvolvimento emocional, podem não reconhecer o seu medo como exagerado ou irracional, têm pensamentos disfuncionais, despoletando assim, a ansiedade patológica. Ensinar a criança a alterar a maneira de pensar, ajuda a controlar a sua ansiedade.
A psicoterapia é uma forma de ajudar as crianças a identificarem os “pensamentos inimigos”, aprenderem a identificar evidências que sustentem estes pensamentos, ou não, substituindo-os quando necessário e a criar um repertório de comportamentos que ajudem a lidar com a ansiedade. Os pais participam ativamente desta terapia, fazendo combinados com a criança para extinção dos comportamentos ansiosos.
É importante não ignorar a ansiedade das crianças, pois ela gera consequências negativas quando não tratada. Se o seu filho apresenta alguns destes sintomas, procure um técnico especializado, marque uma consulta na Oficina de Psicologia.
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