Desmistificando o Psicólogo Clínico
Quantas vezes ponderamos uma ida ao psicólogo e evitamos? E quando essa ida ao psicólogo nos é aconselhada e nós ficamos ofendidos pensando que nos chamam de loucos!!! Da mesma forma que pensamos que sozinhos conseguimos e que não é um “leitor de mentes” que me vai ajudar, pois “sozinho eu consigo perfeitamente” e não tenho de “contar a minha vida para um estranho”. Também dizemos que “não precisamos de medicação”, que “não estamos para ouvir conselhos”, ou para “estar ali a falar, a falar para não me dizerem nada”.
Ora vamos lá desmistificar isto!!!!
O psicólogo não é uma figura mística, não adivinha, não quer apenas falar da sua infância, não é um médico, logo não receita medicação, também não é propriamente um conselheiro.
Mas afinal, o que faz então o psicólogo? Vamos lá tentar por isto “em pratos limpos”!
Ele é um especialista nomeadamente em comportamento humano, que procura estudar os diferentes fatores que podem condicionar a forma como as pessoas se sentem, agem ou pensam. Para tal, o psicólogo utiliza diferentes estratégias de intervenção permitindo às pessoas recuperarem do seu mal-estar. Pode trabalhar ao nível dos conflitos internos, das indecisões, considerando fatores que podem causar desconforto não apenas ao próprio como às pessoas que o rodeiam.
O principal objetivo do psicólogo é devolver às pessoas confiança, uma vida confortável em que se sente segura e em harmonia.
Quando alguém pede a nossa ajuda, na generalidade fá-lo motivado por uma circunstância da vida pessoal, uma situação com a qual tem dificuldade em lidar. Mas nem sempre é esse o objetivo, podemos igualmente procurar o psicólogo com o objetivo de uma transformação pessoal. Com o objetivo de encontrar uma nova forma de funcionar, de nos dar-mos ou estarmos com os outros.
Como é que o psicólogo clínico consegue desenvolver esse papel? Utilizando recursos teóricos e práticos de modo a clarificar, minimizar ou resolver uma dúvida ou problema. O psicólogo deve desbloquear a forma como as pessoas sentem, assim como os seus comportamentos de defesa, tornando-os flexíveis e permitindo que o paciente decida por si como gerir a sua própria vida de uma forma não defensiva, mas livre de novas oportunidades. O objetivo final é sempre promover a autonomia do paciente, capacitá-lo de estratégias, de conhecimentos acerca de si, que possam ser utilizados não apenas no presente como também no futuro.
Para um melhor desempenho, a postura do psicólogo deve ser de contenção e suporte, procurando encontrar com a pessoa estratégias que permitam diminuir, aliviar ou mesmo eliminar, o sofrimento da mesma, restabelecendo o seu equilíbrio emocional. O psicólogo não só está preparado para te ouvir, como está preparado para te ajudar a lidar com as tuas emoções, quer sejam negativas, quer sejam positivas. Do mesmo modo ele ajuda-nos a nos autodescobrirmos.
Quer as mudanças da nossa vida sejam pequenas ou grandes, podemos sempre procurar a ajuda de um psicólogo clínico, pois ele pode ajudar-nos na nossa adaptação a uma nova fase da nossa vida.
Experimente “pular a cerca”
Muitas vezes é-nos mais cómodo mantermo-nos na nossa zona de conforto, [...]