Se estiver pronto para enfrentar a sua relação com o trabalho…este artigo é para si!
Burnout é uma condição “silenciosa” caracterizada por um estado de exaustão física, emocional e mental prolongada resultante da profissão. Não é apenas uma “semana má”, de muito stress, é mais do que isso! Resulta em perda de motivação, energia, eficácia, confiança e entusiamo progressivos.
O Burnout afeta a sua saúde física e mental, a sua qualidade de vida, a relação com os outros e a sua profissão. Um estudo realizado pela Harvard School of Public Health concluiu que profissões stressantes afetam a saúde das mulheres da mesma forma que fumar ou a obesidade. Os seus efeitos na saúde estão estudados e são conhecidos: perturbações de ansiedade, depressão, doenças cardiovasculares, perturbações do sono, doenças imunes, entre outras.
É por isso que devemos levar a sério o burnout!
Se está a ler este artigo provavelmente sente ou já sentiu os sinais do burnout… ou conhece alguém que já passou por isso. Não está sozinho! O crescimento de burnout nos dois últimos seculos faz do burnout uma doença incapacitante da “era moderna” relacionada com mudanças sociais, políticas e económicas. O custo económico do burnout é elevado, para si, para a empresa e para o país, uma vez que é um síndrome que provoca incapacidade, absentismo, mudanças de empregos e reduz a produtividade.
Existem profissões que associamos a uma maior probabilidade de burnout como polícias, profissionais de saúde, professores, médicos, enfermeiros, entre outros. Na verdade qualquer um, qualquer que seja a sua profissão, pode vir a sofrer a burnout, se considerarmos que este depende da relação que mantem com a sua profissão. Como qualquer relação esta pode correr mal, ser frustrante e desgastante.
A relação que temos com o trabalho é importante, afinal de contas passamos grande parte do tempo do dia, da semana, do ano …da nossa vida a trabalhar. Passamos mais tempo a trabalhar do que passamos com os nossos amigos e familiares. A nossa profissão contribui para a construção da nossa identidade e é fonte de valorização pessoal.
A relação que mantemos com o nosso trabalho, tal como outras relações da nossa vida pode ser exigente em termos de tempo, esforço, dedicação e compromisso, nos bons e nos maus momentos. Se corre bem vai sentir-se feliz, motivado, energético, confiante mas se não corre bem pode surgir a exaustão, frustração, insatisfação e desmotivação.
O que costuma fazer quando uma relação já está no limite, sente-se impotente e exausto? Como lida com esta situação?
Quando a relação no seu trabalho não está a resultar há tendência para apontar o dedo, a si, ao chefe, à equipa, ao trabalho. Já sabemos que a “culpa morreu solteira” e aqui o importante é perceber que o que pode fazer para provocar mudanças na relação atual.
Há 6 áreas que podem afetar essa relação e que podem entrar em conflito com as necessidades pessoais e valores:
– Sobrecarga de trabalho – exaustão, disponibilidade excessiva, pressão de tempo, demasiado trabalho
– Ausência de controlo – leaders ou equipas pouco eficazes, pouca autonomia
– Ausência de reconhecimento e ou recompensa – recompensa insuficiente, ausência de reconhecimento ou trabalho desinteressante
– Conflitos – desentendimento ou hostilidade, comunicação pouco eficaz, pouco sentido de união
– Sentimento de injustiça – desrespeito, descriminação ou favoritismo
– Valores – conflito de valores, ausência de significado “não vestir a camisola”
Ao considerar estas áreas deverá começar por:
1 – Definir o problema
2- Estabelecer objetivos e estratégia
3- Passar à ação
4 – Avaliar o progresso de mudança
Como qualquer relação esta também é complexa, talvez não exista só um problema e só uma solução e as mudanças requerem paciência, flexibilidade e persistência.
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