Se imaginar os relacionamentos como um barco, sabe que pelo caminho pode sentir a influência de ventos fortes, tempestades de maior ou menor intensidade, e quando um dos tripulantes se cansa o outro poderá assumir certas habilidades para levar o barco a bom porto.
Porém, quando ambos se sentem desequilibrados e por muito que remem, o naufrágio pode acontecer.
É comum embarcarmos no barco do amor por paixão, sem ter em conta os “eus magoados” de cada um, navegando em águas da ilusão à procura de reconhecimento, valorização pela necessidade de segurança e controlo.
E naquele tal momento de tempestade é provável recebermos um “olá irritado” proveniente dos pontos incompatíveis entre estes dois “eus magoados”.
Então, quais as habilidades que precisamos desenvolver?
1 Tolerância – Se não for capaz de tolerar os “defeitos” do outro, não conseguirá desfrutar das suas qualidades e para obter mudança de atitudes é necessário tolerância para esperar e capacidade para suportar as tempestades. É igualmente importante avaliar a sua capacidade de tolerar determinadas atitudes ou situações.
2 Aceitação – Durante a travessia bate o pé fortemente para impor a sua vontade em remar para a direção que julga ser a mais certa. A sua parceria acaba por mostrar boa vontade, aceitando a sua atitude controladora uma vez e outra. Passado tempo dá conta que experimentou uma certa felicidade em ter conseguido ganhar mais uma discussão mas na verdade perdeu tantas outras coisas, nomeadamente o prazer de remar a dois em Amor e reciprocidade.
3 Comunicação – Ao existir alteração emocional de um dos tripulantes, o outro deve ter o papel de estabilizador. Ao desenvolver uma escuta ativa aos desabafos, conseguirá refletir de forma racional num tom de voz ligeiramente baixo de forma a acalmar o ambiente. Se reagir compulsivamente, tomando o desabafo como um ataque pessoal, é certo que o descontrolo emocional pode terminar em águas profundas.
4 Vulnerabilidade – Expressar a sua vulnerabilidade ao outro é como o sopro do vento que os ajudará a chegar a bom porto. É saber reconhecer que podemos ser machucados e machucar, mas ainda assim tomamos a iniciativa de fazer transparecer o que realmente somos. Honestamente expressamos o que sentimos, sem acusar, independentemente do medo, da vergonha, da culpa que paira sobre o nosso coração.
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