Os 10 melhores estudos científicos sobre uma vida significativa
Uma equipe da Universidade da Califórnia, em Berkeley, dedica-se a estudar a ciência de uma “vida significativa”. Usando a metodologia científica como forma de investigação, eles se procuram entender o que há por trás das pessoas felizes e compassivas, com fortes laços sociais e comportamentos altruístas.
Em 2016, eles entrevistaram 350 pesquisadores da área e revisaram os estudos dos últimos 15 anos que se dedicaram ao estudo de uma “vida significativa” e elegeram os 10 tópicos mais importantes desta nova ciência.
Numa série de posts que nominarei de “10 estudos científicos sobre uma vida significativa”, descreverei as provas cientificas de que viver com qualidade nos torna mais felizes e saudáveis.
Fique hoje com o número 3!
A humildade tem seu lado negro
Segundo o dicionário Aurélio, o termo Humildade significa:
1. Qualidade de humilde; 2. Capacidade de reconhecer os próprios erros, defeitos ou limitações; 3. Sentimento de inferioridade; 4. Demonstração de respeito, submissão; 5. Ausência de luxo ou sofisticação; 6. Pobreza, penúria.
Assim como no dicionário, em nossa vida a humildade pode ser vista por alguns como algo bom (respeito, reconhecimento dos próprios erros) ou como algo ruim (sentimento de inferioridade, submissão). Entretanto, quando se tratava de pesquisas, os estudiosos geralmente só concentravam-se no lado positivo da “humildade” e ignoravam seu lado mais escuro, negativo ou problemático.
Vários estudos já mostraram os benefícios da “humildade”: as pessoas humildes são mais saudáveis física e mentalmente, provavelmente por reagirem melhor a fatores estressantes e não se sentirem tão deprimidas ou ansiosas quanto outras pessoas. Um interessante estudo publicado na revista Patient Education and Counseling descobriu que os médicos humildes geralmente têm pacientes mais saudáveis, talvez porque eles comunicam-se de forma mais apropriada e produtiva com seus pacientes.
Mas um artigo recente publicado no Journal of Personality and Social Psychology argumenta que a humildade nem sempre é saudável. Em 5 estudos, pesquisando cerca de 1.500 pessoas, pesquisadores da University of British Columbia, perceberam que ao se falar de humildade, as pessoas podem estar falando sobre duas experiências emocionais distintas. Em algumas ocasiões, as pessoas referem-se a humildade como um tipo de realização pessoal, que equilibra sentimentos de orgulho e culpa versus sentimentos de apreciação e bondade para com os outros. Os pesquisadores a chamaram de “humildade apreciativa”.
Outras vezes, as pessoas experimentam a “humildade auto degradante”, que geralmente está associada a uma falha pessoal e envolve sentimentos de vergonha, baixa autoestima e inutilidade, bem como comportamento submisso – tudo fortemente associado a uma fragilidade na saúde emocional, que pode se refletir na saúde física.
Há necessidade de pesquisas futuras que associem causas e consequências dessa complexa experiência emocional, para que possamos mensurar se a humildade pode ou não ser um indicativo de uma vida mais significativa.
O que você pensa a respeito? Deixe seu comentário.
Júnea Chiari
Médica Psiquiatra da OP Brasil
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