Talvez você seja um sortudo. Talvez tenha conseguido manter-se feliz no seu trabalho por 10, 20, 30 anos. Talvez se sinta envolvido, realizado e desafiado e com a noção que o seu trabalho potencia o seu talento. Sinta-se à vontade para não ler o resto do artigo.
Para os restantes, a realidade laboral pode ser outra e estarem a vivenciar uma crise na carreira (pode substituir “crise” por “descontentamento”). Segundo os investigadores das áreas de gestão e bem-estar no trabalho, as pessoas que estão pouco envolvidas no seu trabalho, que se sentem desconectadas com o que fazem, são mais propensas a relatar stress e dor física. Este descontentamento não varia com a idade, mas as pessoas mais velhas relatam maior insatisfação, por uma razão diferente: a insatisfação não é só com o trabalho actual, mas com a (percepção de) falta de oportunidades futuras.
O que acontece para quem quer (ou é empurrado) a mudar de trabalho? A primeira coisa que podemos pensar é: “Que óptima oportunidade para fazer algo diferente, para se fazer algo que gosta?” Mas o foco muda logo para “Eu não sei outra coisa… estudei durante muitos anos para saber executar uma função, para não falar do dinheiro e outros custos e oportunidades para obter a minha educação”. As histórias que se ouvem das pessoas que mudam de carreira são aterrorizantes: não conseguem emprego, ficam no desemprego muitos anos, têm de realizar trabalhos abaixo das qualificações que têm. Estas ideias também propagam os ideais instituídos: dinheiro é sucesso, ninguém é feliz num trabalho de baixas qualificações, não se pode parar de trabalhar, nem que seja para perceber que rumo se quer dar ao percurso profissional. Todos os livros e artigos são dedicados a tornar-se bem-sucedido. Não há nenhuma secção na livraria marcada “Como gerir o seu declínio profissional”.
E depois não podemos esquecer que Jonathan Rauch descreve uma curva de felicidade em forma de U, um fenómeno caracterizado pelos economistas Andrew J. Oswald e David G. Blanchflower. Ou seja, a nossa satisfação no trabalho sofre uma queda no meio da carreira, paralela ao estádio de vida em que estamos, que será a meia-idade, para depois subir novamente.
E, no entanto, mesmo que consiga suportar a curva do U, que é como quem diz, se conseguir suportar o seu descontentamento alguns amos, as evidências sugerem que provavelmente seria melhor ajustar o seu percurso. O Instituto de Pesquisa da Felicidade de Copenhague avaliou 2.600 trabalhadores dinamarqueses, de todos os setores e tipos de emprego, sobre as fontes de satisfação profissional. O principal factor que contribui para a satisfação profissional? O vencedor, por uma margem considerável, é a sensação de propósito, é uma vida de significado e esforço em direção a um propósito. Há um crescente corpo de pesquisa a indicar que ter um senso de propósito é um poderoso preditor de robustez mental e física.
Não estamos a dizer que mudar a sua carreira a meio, seja fácil. Mas mesmo que seja difícil aprender novas habilidades ou navegar numa nova cultura corporativa, mudar a sua carreira pode ser o melhor investimento que você pode fazer para a sua saúde. Ao mesmo tempo, será importante gerir expectativas, ser realista e flexível. Se vai mudar de área de trabalho ou mudar de emprego, porque não “molhar só os pés em de mergulhar de cabeça”? Poderá voluntariar-se, fazer uma formação, procurar informação sobre o que pretende fazer e em vez de uma transformação total, dar um salto mais modesto e ter objetivos mais realistas. Um profissional a meio da carreira tem uma biografia suficientemente robusta para se conhecer – onde se destaca e com o que se debate, o que gosta e o que teme – e esta informação poderá guiar a sua próxima fase. Os investigadores que trabalham com a satisfação profissional e ao entrevistarem pessoas que deram este “salto” perceberam que poucos lamentaram a tentativa, mesmo que tenham falhado e regressado ao trabalho anterior. As pessoas que mais expressaram arrependimento, foram aquelas que nunca tentaram.
As mudanças de carreira tendem a ser menos dramáticas do que aquelas que fantasiamos sobre, e também mais assustadores e mais difíceis do que o previsto. Então faça o que realmente lhe faz sentido. O seu trabalho é importante. O seu trabalho actual ou futuro poderá ser fonte de autoconfiança e sentido de propósito.
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Aplica se a mim
Pois tenho 50 anos e mudar de Cascais para Setúbal
Vou deixar de trabalhar em Cascais p trabalhar em Setúbal, na mesma área
A mudança é um pouco assustadora mas eu Sou uma mulher lutadora então não tenho medo de mudanças ,neste último três anos tive tantas mudanças e lidei bem com elas
Estou buscando outra profissão, não por estar desgastado, mas sim por falta de oportunidade de atuação.
O momento retração do mercado de trabalho, não possibilita, ficar parado e sim remodelando para novas experiencias.Estou na busca, informando, estudando estrategias que possibilitem trazer diferencial no que proponho.
QUERO PARABENIZAR ESSE EQUIPE DA OFICINA DE PSICOLOGIA , ATENDE NOSSAS EXPECTATIVAS ! AMO DE MAIS TODOS OS ARTIGOS ! FALO DAQUI DO BRASIL – FORTALEZA- CEARA . UMA ABRACO A TODOS .
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