Somos cada vez mais confrontados com casos de filhos que passam a rejeitar um dos pais, na maioria das vezes depois de um divórcio, especialmente conflituoso. Quais são os sintomas daquilo que é apelidado de “alienação parental”?
Para alguns especialistas, a causa é a manipulação da criança/adolescente por um dos progenitores. Mas não estaremos a ser demasiado redutores? Tendo em conta a própria criança como sujeito, sabemos que se pode “aliar” espontaneamente a um dos progenitores depois de um divórcio se o considerar vítima no processo, se achar que sofre por causa do outro, se o vê como o mais fraco física ou psicologicamente. Alguns pais recusam essa aliança escolhida pela criança, outros habituam-se e passam a viver com esta realidade, sendo então aqui o ponto de partida para a alienação parental.
Como identificar:
Partindo de discursos como “não quero ir para casa do/a…”, “eu odeio o/a”, entre outros do género e que aludam ao evitamento, o mais importante é avaliar a qualidade do relacionamento anterior com o progenitor alienado – se estava ausente ou se era violento –, não podendo assim falar-se de alienação parental. No entanto, se a criança/adolescente tinha uma boa relação com o progenitor que deixou de querer ver, é importante ficar alerta com a rejeição.
Mas nem sempre é fácil reconhecer esta alienação. Quando uma criança diz que não quer estar com uma das figuras parentais porque está aborrecida, evita apenas falar ao telefone ou manifesta somente alguma frieza e distância, é mais difícil identificar aquilo que pode ser o início de um grande distanciamento entre pai/mãe e filho.
É fundamental actuar numa fase inicial, uma vez que esta rejeição pode ir ganhando contornos cada vez mais graves com o passar do tempo, tendo consequências profundas na relação harmoniosa, saudável e equilibrada entre filho e progenitor, bem como no desenvolvimento individual de cada criança/adolescente.
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