Em tempo de exames e com alunos e famílias ansiosas com a chegada dos mesmos, recuperamos uma notícia publicada no Diário Digital, onde o professor Leandro Almeida da Universidade do Minho alertou para o excesso de exames na qualidade do sistema de ensino.
“Ensinar/aprender para os testes é bastante redutor do ponto de vista da aprendizagem e, em termos práticos, bastante diferente da situação pedagógica desejável em que os testes podem orientar o processo de ensinar/aprender”, acentuou.
Para Leandro Almeida, “a avaliação não se justifica por si mesma”, mas “deve estar ao serviço do processo de ensino-aprendizagem, e ao serviço do sistema de ensino ou da sociedade”.
Na conferência, realizada na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, participaram ainda o investigador americano Jeffrey Karpicke e Helder Sousa, diretor do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) do Ministério da Educação de Portugal.
Helder Sousa salientou que os exames realizados pelos alunos portugueses, nos últimos cinco anos, não mostram, de um modo geral, um aumento da qualidade da aprendizagem; o trabalho na sala de aula está “excessivamente focado no treino para os exames”.
“É necessário encontrar nas escolas, nas salas de aula, nas famílias, o tempo e o espaço para uma reflexão sobre o modo como se deve ensinar e aprender”, preconizou o diretor do GAVE.
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