Tomamos pequenas e grandes decisões todos os dias. O que vai fazer para o almoço? A que horas vai ser o jantar lá em casa com toda a família? Que curso devo escolher? Para que faculdade devo ir?
Quando somos confrontados com algumas decisões, podemos tentar lançar a moeda ao ar e deixar que o acaso determine o seu destino. Na maioria dos casos, seguimos uma determinada estratégia ou várias estratégias para chegar a uma decisão.
Para muitas decisões, as mais pequenas que tomamos todos os dias, lançar uma moeda ao ar não seria uma má abordagem. No entanto, para algumas das decisões mais complexas e importantes, o mais provável é investirmos muito tempo, pesquisa, esforço e energia mental para chegar à conclusão certa.
E como funciona, exatamente, este processo? Partilho abaixo algumas estratégias de tomada de decisão que pode usar.
O modelo de recurso único
Esta abordagem envolve basear a sua decisão apenas num único recurso. Por exemplo, imagine que está a comprar um determinado produto no supermercado. Perante uma grande variedade de opções, decide basear a sua decisão no preço e comprar o produto mais barato disponível. Neste caso, você ignorou outras variáveis e concentrou-se apenas num único recurso.
A abordagem de um único recurso pode ser eficaz em situações em que a decisão é relativamente simples e está sem tempo. No entanto, geralmente, não é a melhor estratégia para lidar com decisões mais complexas.
O modelo do recurso aditivo
Este método sugere que tenha em consideração todas as características importantes das escolhas possíveis e, então, avaliar sistematicamente cada opção. Esta abordagem tende a ser um método melhor ao tomar decisões mais complexas.
Por exemplo, imagine que está interessado em comprar uma nova TV. Cria uma lista de características que deseja que a TV tenha e, em seguida, classifica cada opção possível com uma escala de -5 a +5.
As televisões que forem ao encontro do que procura podem receber uma classificação de +5, enquanto as que têm grandes desvantagens podem receber uma classificação de -5. Depois de examinar cada opção, pode registar os resultados para determinar qual opção tem a classificação mais alta.
Este modelo pode ser uma óptima maneira de determinar a melhor opção para uma variedade de escolhas. Contudo, como deve calcular, pode levar muito tempo e provavelmente não é a melhor estratégia de tomada de decisão se estiver com alguma pressa.
O modelo de eliminação por aspectos
Nesta abordagem, avalia cada opção, uma característica de cada vez, começando pela qual acredita ser a mais importante. Quando uma não atende aos critérios que estabeleceu, risca o item da sua lista de opções. Assim, a lista de opções possíveis fica cada vez mais pequena à medida que risca os itens até chegar a apenas uma alternativa.
Tomada de decisão
Os três processos anteriores costumam ser usados em casos em que as decisões são bastante diretas, mas o que acontece quando há um certo risco, ambiguidade ou incerteza envolvida?
Imagine: deve conduzir acima do limite de velocidade para chegar a tempo, mas corre o risco de receber uma multa por excesso de velocidade? Ou deve conduzir no limite de velocidade, correr o risco de se atrasar e, possivelmente, ser prejudicado por isso? Neste caso, pesamos a possibilidade de chegar atrasado ao compromisso com a probabilidade de receber uma multa por excesso de velocidade.
Ao tomar uma decisão em tal situação, as pessoas tendem a empregar duas estratégias diferentes de tomada de decisão: a heurística de disponibilidade e a heurística de representatividade.
As heurísticas são estratégias práticas que diminuem o tempo de tomada de decisão e permitem-nos funcionar sem parar constantemente para pensar no passo seguinte. As heurísticas são úteis em muitas situações, mas também podem conduzir-nos ao engano.
A Heurística de Disponibilidade
Quando tentamos determinar a probabilidade de algo, muitas vezes baseamo-nos em eventos semelhantes que aconteceram no passado. Por exemplo, se está a tentar determinar se deve conduzir acima do limite de velocidade e corre o risco de receber uma multa, pode pensar em quantas vezes viu pessoas a serem multadas num determinado trecho do percurso.
Se não conseguir pensar imediatamente num exemplo, pode decidir arriscar, pois a heurística de disponibilidade levou-o a julgar que poucas pessoas são multadas por excesso de velocidade naquele percurso específico. Se conseguir pensar em vários exemplos de pessoas que foram multadas, pode decidir apenas jogar pelo seguro e conduzir no limite de velocidade permitido.
A Heurística de Representatividade
Esta estratégia envolve a comparação da nossa situação atual com o nosso modelo de um determinado evento ou comportamento. Por exemplo, ao tentar determinar se deve acelerar para chegar ao compromisso à hora marcada, pode comparar-se à sua imagem de uma pessoa com maior probabilidade de receber uma multa por excesso de velocidade.
O processo de tomada de decisão pode ser simples (como escolher aleatoriamente as opções disponíveis) ou complexo (como classificar sistematicamente diferentes aspectos das escolhas existentes). A estratégia que usamos depende de vários fatores, incluindo quanto tempo temos para tomar a decisão, a complexidade geral da decisão e a quantidade de ambiguidade que está envolvida.
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