Cada vez mais se fala da importância de sermos resilientes e da importância da resiliência na nossa saúde mental. Afinal o que é e o que não é a resiliência?
Comecemos com o que não é ser resiliente. Ser resiliente não significa “imunidade” à dor emocional, não significa que não fiquemos perturbados perante as dificuldades.
Ser resiliente é a capacidade que temos de nos adaptar a acontecimentos de vida perturbadores, trágicos, que geram stress. Ser resiliente é ser flexível. Ser resiliente implica a utilização de um conjunto de características que nos permitem recuperar de experiências difíceis que nos desequilibra.
O que faz com umas pessoas sejam mais resilientes que outras? A resiliência é uma característica que se aperfeiçoa, se desenvolve e envolve pensamentos, emoções e comportamentos. Há pessoas que ao longo da sua vida desenvolveram mais esta característica do que outras mas todos podemos aperfeiçoar e desenvolver esta capacidade.
Algumas características associadas à resiliência são:
- a capacidade para fazer planos realistas e determinar as etapas para alcançar objetivos
- a auto-confiança nos seus recursos e competências,
- desenvolvimento de estratégias de comunicação assertiva e focadas na resolução de problemas e
- capacidade para regular impulsos e emoções intensas.
Não reagimos todos da mesma forma a acontecimentos traumáticos, negativos ou à adversidade e por isso é importante ter em conta a nossa experiencia de vida e a nossas características quando identificamos estratégias para desenvolver a resiliência e quando as integramos na forma como nos vemos a nós, os outros e o mundo.
Assim, considere como e quais as estratégias, que são importantes no desenvolvimento da resiliência, se podem aplicar a si.
Algumas das estratégias mais comuns são:
– Investir nas relações de suporte social (família, amigos) permitindo-nos aceitar ajuda e apoio dos que estão próximos. Por outro lado, ajudar quem precisa (através de ações de voluntariado por exemplo) pode também ser uma forma de percebemos que não somos os únicos a passar por dificuldades.
– Evitar encarar um acontecimento negativo como um amontoado de problemas. Identificar e focarmo-nos no que podemos mudar e tentar visualizar o impacto que estes problemas vão ter daqui a 10, 15 20 anos.
– Aceitar que a mudança faz parte da vida. Em vez de se afastar ou evitar os problemas, aceite que há coisas que não podemos mudar, o que nos permite focar no que podemos mudar.
– Estabeleça objetivos realistas e de acordo com os seus valores, ou seja, de acordo com o que gostaria que fosse a sua vida e mova-se nessa direção.
– Considere outras perspetivas. Procure no que lhe esta a acontecer a oportunidades para se auto-descobrir.
– Aprenda com o passado. Como lidei com situações difíceis? Que recursos, tenho, que me permitem lidar agora com esta situação?
– Tome conta de si. Dê atenção às suas necessidades e ao que está a sentir. Invista em atividades que lhe deem prazer. Cuide do seu corpo e da sua mente!
– Seja otimista visualize o que deseja alcançar em vez de se preocupar com o que quer evitar
Estas são algumas estratégias que podem ajudar a escolher o caminho que quer seguir e que lhe permite ultrapassar os obstáculos que surgem, em direção a uma vida mais gratificante.
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Estou trabalhando isso com minha terapeuta, estou adorando.