Visitamos uma grande superfície e os jogos, aparelhos eletrónicos, estão em destaque, ligamos o rádio numa viagem de carro e anunciam a promoção de uma consola, nas escolas, mais concretamente nos intervalos, observamos crianças e adolescentes ocupados a jogar os seus jogos preferidos.
A publicidade e a divulgação sobre dispositivos eletrónicos, videojogos é constante, havendo um consumismo elevado e cada vez mais precoce. As crianças têm ao seu dispor dispositivos eletrónicos e utilizam-nos durante um elevado período de tempo, mais do que o recomendando.
É cada vez mais frequente a prevalência de dificuldades de autocontrolo no jogo, como por exemplo terminar o jogo quando lhe é pedido, jogar sem autorização por parte dos cuidadores, e até mesmo ocupar períodos de descanso (período da noite) para jogar. Surgem alterações de humor quando a criança ou o adolescente tem de terminar o jogo, existindo birras e sentimentos de raiva e descontrolo. E, no período em que não estão a jogar, existem pensamentos ruminativos em relação aos conteúdos do jogo. De forma mais gravosa, a criação de mentiras para conseguirem aceder ao jogo, e ainda gastos de dinheiro no jogo.
Estes são alguns dos comportamentos que ultrapassam a linha do saudável, esbarrando-se no considerado não saudável, ou melhor na adição.
De forma a estimular comportamentos saudáveis no jogo, prevenindo os sinais de alerta acima referidos, convido-o a conhecer os interesses do seu filho, nomeadamente no jogo. Sabe as respostas a estas perguntas?
– Quais os seus jogos preferidos?
– O tempo real despendido no jogo?
– Quando jogam, que emoções o jogo lhe faz sentir?
– O que é que o jogo lhe proporciona em termos de bem-estar, qual a sua função?
Mesmo que conhecer o videojogo preferido do seu filho lhe pareça um bicho de sete cabeças, pense que esse tempo poderá ser fundamental para prevenir futuras dificuldades, para além de ser um momento de importante comunicação em família.
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A linha que separa o saudável da adição
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