Nunca tivemos tanta facilidade em comunicar como hoje e, ao mesmo tempo, tanto isolamento. Se a internet nos permite uma rápida ligação com os outros e favorece a extensão nos contactos, por que será que as pessoas se sentem cada vez mais isoladas?
Os chats na internet são precisamente uma atracção para quem se sente sozinho, e procura alguém para passar tempo, sem comprometer a sua privacidade.
Porque é que este tipo de contacto é tão procurado? Se pensarmos um pouco, conseguimos perceber que se trata de uma forma de se envolver parcialmente, como se uma parte de nós ficasse confortavelmente escondida. É uma alternativa de interacção sem compromisso, uma falsa aproximação, onde fazemos apenas um contacto superficial, sem um envolvimento real.
Então, o que nos leva a estabelecer este tipo de interacção? Ao que parece, são vários os factores que parecem influenciar a procura dos relacionamentos online. Um deles é o medo. De alguma forma, o contacto directo tornou-se perigoso. Quem é a pessoa que se aproxima e com que intenção? Um segundo factor é a competição nos vários sectores, ou seja, o outro é aquele que compete comigo no trabalho, na faculdade, na própria família. O outro pode chamar mais a atenção do que eu, por isso será melhor manter a distância e a privacidade.
No entanto, este afastamento foi um processo bastante lento. Por exemplo, antes de surgir a televisão, as pessoas levavam as cadeiras para a rua à noite, e ali ficavam a conversar com quem se aproximasse. Com a televisão, as pessoas começaram a recolher-se, absortas com as programações, e foram afastando-se, lentamente, sem perceberem.
Contudo, outro factor que se foi estabelecendo é a necessidade de obter informação, que limitou o nosso tempo. A falta de tempo acomodou-se na vida de cada um de nós, a convivência tornou-se numa raridade, e o isolamento estabeleceu-se de forma inflexível e até irreversível.
Sem nos darmos conta, facilmente nos sentimos doentes no isolamento. Porém, continuamos com uma necessidade imensa de convívio e de relacionamentos profundos.
Ter amigos e conviver profundamente é a receita terapêutica para a nossa saúde emocional.
Quando vai estar com os seus amigos mais próximos?
Acordou ansioso hoje?
Conhece aquela sensação de angústia, aperto no peito ou inquietação ao acordar de manhã? [...]
E se o cérebro funciona de forma diferente na perturbação da ansiedade generalizada?
Imagine estar constantemente preocupado com qualquer coisa. Como se não conseguisse “desligar” das suas [...]
Quando estamos onde não queremos estar… nas férias!
Já lhe aconteceu ir numa viagem de férias para se divertir e, de repente, [...]
“De alguma forma, o contacto directo tornou-se perigoso”
Verdade. Mas… o medo da aproximação pode ter motivos e origens válidas. Pelo menos é assim que eu vejo no meu caso, que luto diariamente com este medo (fobia social).
Sofrer de bullying na escola, pode causar insegurança, e (na minha opinião) uma “compreensível” percepção de que as “pessoas podem ser más” – principalmente quando na idade adulta essa fragilidade é percebida e explorada (ex: colegas de trabalho, etc). A verdade tem que ser dita: Há pessoas más, que ficam felizes com o insucesso dos outros, que exploram as suas dificuldades e roubam mérito.
Então, eu acho qualquer abordagem com outra pessoa pode, sim, ser um risco, principalmente na falta de habilidades sociais de defesa contra atitudes abusivas.
Talvez a televisão e a internet sejam por vezes um escape, uma alternativa, para um problema adjacente – e nem sempre a causa do mesmo.
Confirmo: O relacionamento virtual é mais seguro, mas menos recompensador.
É exatamente assim que me sinto. Estou muito sozinha, isolada e estava sofrendo muito com isso. Agora começei a interagir com pessoas novas pelas redes sociais que facilitam o encontro de pessoas com o mesmo perfil e gostos pelas páginas.
Ficamos contentes que esteja a encontrar fontes de bem-estar! Abraço