Existem várias situações na sua vida em que nem sempre está capaz de expressar todo o seu potencial. Por muito que se esforce, que procure ter força de vontade ou pensamento positivo, na realidade, não se sente satisfeito com o seu desempenho porque dá por si a evitar momentos de confronto de opinião ou apresentações em que o holofote está sobre si.
Ao evitar estas oportunidades vai acumulando desafios perdidos e é provável que se sinta um pouco em baixo e cansado de não encontrar a sua voz, frustrado por não conquistar o seu espaço, o seu lugar ao sol.
Comece por fazer-se as seguintes perguntas:
Se tiver uma apresentação para fazer na empresa, durmo mal na noite anterior?
Quando existe um grupo de pessoas a falarem sobre um assunto, sinto algum desconforto em expressar a minha opinião?
Penso várias vezes nas consequências de dizer algo que não vá ao encontro das expectativas dos outros?
Numa situação de desempenho profissional em que fale para várias pessoas, tenho alguma tensão na voz, nos ombros e sinto desconforto? Digo a mim próprio que estupidez por estás assim?
Reconheço dificuldade em ser observado por muitas pessoas e sinto-me mais confortável em conversas de um-para-um?
Já perdi oportunidades na minha vida por não me expressar ou evitar um lugar de liderança, por sentir receio da exposição aos outros?
Se respondeu sim, a algumas das questões anteriores, é a si que me estou a dirigir neste artigo.
De relance, vislumbramos um momento de superação digno da cena mais tocante no mais belo dos filmes.
Luzes a acenderem-se, entramos em cena. Sentimos uma energia fantástica no corpo, confiamos naquilo que vamos dizer e na nossa capacidade de deslumbrar os outros, uma música épica vai-se impondo na nossa cabeça e todos os olhares da sala estão em nós. “Tu consegues, este momento é teu, tu mereces!” Sorriso rasgado. Conquista. Voz projectada. “Bom dia a todos!”
Pronto. E depois percebemos que isto de falar para uma plateia não é bem como nos filmes. Se calhar, começou há muitos anos atrás, evitando grandes confrontos com as suas crenças mais limitadoras, e foi escapando pelos pingos da chuva (ou sofrendo um bom bocado) enquanto os anos se sucedem.
Carregue na imagem para conhecer o programa Cheguei, Falei e Venci!
Pois, crenças limitadoras. As crenças que limitam o seu desempenho.
Como lhe disse, algures ao longo da sua vida foi aprendendo algo sobre si e sobre os outros associado a momentos em que teve de falar em público. E, para ter começado a evitar (ou não se sentir confortável a falar) necessariamente reforçou essas crenças sem se aperceber.
Ora, que crenças são estas e qual o seu impacto?
Uma cliente há pouco tempo, identificava um padrão de acontecimentos desde a sua infância, que tinham ajudado à formação e manutenção de uma crença central “Não sou suficientemente boa”. Isto é muito importante que saiba – a menos que tenha existido algo realmente traumático na sua vida normalmente é o somatório de um conjunto de situações familiares, escolares de amizade que conduzem ao desenvolvimento de uma crença limitadora.
Assim no caso da cliente ela tinha de facto um pai que lhe dizia sempre o que estava certo ou errado e o que ela devia ou não devia fazer. Ele era bastante crítico e não a recompensava afectivamente. No fundo, o que ela fazia nunca era suficiente para ele. Ora, é natural que esta cliente, ou qualquer outra criança ao crescer neste contexto, passasse a acreditar “Não sou suficientemente boa”. No fundo, as nossas crenças têm o seu fundamento dado que são sempre as melhores explicações que nós conseguimos dar a nós próprios à medida que as situações nos estão a acontecer e estamos a modelar a nossa visão sobre nós e o mundo.
Assim, e sempre que se ia confrontando com situações em que tinha de falar em público é como se lhe segredassem “Isto não vai correr bem” “E se te engasgas” “E se eles notam que estás ansiosa, vão pensar que não dominas isto” – Já se está mesmo a ver que estes pensamentos automáticos negativos que surgem da crença limitadora “Não és suficientemente boa” têm o condão de nos embrulhar a barriga, fazer-nos corar ou tremer, suar… enfim, tudo sinais de que não estamos confortáveis e que o nosso desempenho vai ser catastrófica e que TODOS vão perceber. Está o caldo entornado. Porque ao continuar a sentir isto a minha cliente começou a recusar apresentações e expor-se novamente, mesmo que racionalmente soubesse que os outros gostavam do que ela transmitia.
O evitamento da situação alivia o desconforto o curto prazo, claro. Que bom, a leveza de não ter de apresentar nada. Mas, por outro lado, o nosso corpo aprende isso mesmo.
“Estar ali a falar com aquelas pessoas não é bom, é perigoso”
E, nas vezes seguintes em que se imaginava a falar em público, o coração acelerava a respiração ficava mais descontrolada e a preocupação aparecia em círculos bem apertadinhos.
Resumindo, quer descobrir como é que conseguimos fazer apresentações e desafiamos as nossas crenças limitadoras? Só saberá inscrevendo-se no Cheguei, Falei e Venci.
A base do trabalho que fiz com a minha cliente está lá. Com um bónus. Em grupo e com um locutor profissional a qualidade da superação e das futuras apresentações serão muito melhores.
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