Se sofremos de depressão aquilo que sabemos é que temos falta de energia, vivemos num estado prolongado de tristeza e desinteresse pela vida, tudo é difícil e o cansaço…. é imenso! Uma nuvem densa cobre a nossa vida que vemos como cinzenta, e acreditamos que somos inúteis, sem valor, incapazes e, a nossa auto-estima… essa já nem sabemos por onde anda.
O que é afinal a depressão? Nesta página, encontra toda a informação importante sobre os sintomas, como se diagnostica, diversos vídeos e artigos, testes e até um pequeno manual sobre a depressão.
Sabemos agora que o que fazemos com a nossa mente, a forma como focamos a atenção, como intencionalmente formulamos os nossos pensamentos e propositadamente acalmamos as nossas emoções, pode mudar directamente o nosso cérebro. Isto é a chave da neuroplasticidade. A forma como as nossas experiências e o que fazemos com a nossa mente muda a actividade e remodela o nosso cérebro.
Mas a que propósito vem isto agora? Porque falamos de neuroplasticidade e do impacto que as nossas acções têm no nosso cérebro?
Sabia que a depressão tem residência no cérebro? Conhecimento é poder. Poder de saber como funciona para poder mudar o funcionamento. Daí estarmos a falar de neuroplasticidade.
E o que é que sabemos sobre o funcionamento de um cérebro deprimido?
A depressão é uma doença, não é uma fraqueza.
É possível usar a neurociência (estudo do cérebro) para reverter o curso da depressão. Como? Uma pequena mudança de cada vez. Os estudos demonstram que pequenas mudanças na vida podem modificar a atividade e a química dos circuitos neuronais. Mudanças positivas na sua vida causam mudanças positivas no seu cérebro e vice-versa.
Vamos à primeira mudança?
Tenho a certeza que já ouviu um milhão de vezes que o exercício é bom para si. Pois esta será mais uma. O exercício é bom para si! E não é só uma questão de manter a linha e o peso ideal, é também bom para o seu cérebro e especificamente para os circuitos que o mantêm deprimido. Muitos dos sintomas da depressão podem ser combatidas pelo exercício.
O exercício é a forma mais poderosa de reverter o curso da depressão! É não só fácil de perceber qual o seu impacto, como tem muitos dos mesmos efeitos no cérebro que os antidepressivos.
Claro que se está deprimido não lhe apetece fazer exercício. Mas isso são os circuitos cerebrais da depressão a falar. A depressão é um estado estável o que significa que o seu cérebro tende a funcionar de formas que o mantenham deprimido. Bom e agora? Como saímos desta “pescadinha de rabo na boca”? O seu cérebro está preguiçoso, não lhe apetece mexer-se… como um carro que ficou sem bateria e que não anda.
Bem o que fazemos com o carro? Mudamos a bateria, utilizamos cabos eléctricos ou… “pegamos de empurrão”.
Comece a mexer-se. O pontapé para a mudança pode ser o exercício, e por exercício só queremos dizer “mexer-se”. Movimentar o seu corpo. Não pense nisto como EXERCÍCIO, esta palavra que lhe traz logo aquela imagem de um imenso esforço, suor, dificuldade…. e o faz afundar ainda mais no sofá (sim, o sofá, o melhor amigo da depressão).
Pense no exercício como… estar ativo ou a divertir-se. É mais provável que o faça e que tenha um maior efeito emocional. Fazer uma caminhada três vezes por semana não lhe parecerá exercício físico, mas acabará por o fazer estar em actividade.
Comece a mexer-se com alguém. Desafie um amigo, colega de trabalho, familiar e vá caminhar, nem que sejam 30 minutos. Não só a interacção social é boa, para reverter a depressão, como também a “pressão social” e o compromisso com outros vai ajudar a não falhar o compromisso consigo próprio.
Mas que é que o exercício faz por si e pelo seu cérebro?
Muito do que é causado pela depressão pode ser combatido pelo exercício:
Fisicamente:
. A depressão torna-o letárgico e cansado mas o exercício dá-lhe energia e vitalidade.
. A depressão altera os seus padrões de sono. Dorme demais ou tem insónias que não o deixam descansar. O exercício melhora o seu sono tornando-o mais repousante para o seu cérebro.
. A depressão altera o seu apetite. Começa a comer mais, ou menos, do que o habitual, muitas vezes ingerindo alimentos de “confecção fácil”, ingestão rápida e satisfação imediata como a “junk food”, verdade?. O exercício motiva-o para uma alimentação saudável.
Mentalmente:
. A depressão pode tornar difícil a concentração mas o exercício torna-o mais atento, perspicaz e melhor a planear e a tomar decisões.
. A depressão torna-o com um humor mais … depressivo, cinzento, triste, mas o exercício melhora o seu humor, reduz a ansiedade e o stress e melhora a sua auto-estima.
Socialmente:
. A depressão mantém-o isolado, fechado, sozinho, mas o exercício tende a trazê-lo de volta ao mundo, ao convívio, às relações.
Todos este efeitos vão provavelmente fazer com que se envolva em outras actividades e processos que também irão também ajudar a reverter o curso da depressão. O exercício melhora o sono que reduz a dor, que melhora o humor e aumenta a energia e o estado de alerta. E a “pescadinha de rabo na boca” é agora de outra qualidade e equilíbrio.
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