Medo de ir, medo de sair, medo de uma consulta, medo de sofrer, medo de se envolver e de o poderem magoar, medo do preconceito, medo de falhar, medo de não ser aceite, etc., etc… Já reparou que não são os receios reais, mas os que imaginamos que nos fazem perder a noção da realidade, que nos paralisam, que dificultam a nossa vida e as nossas decisões?
O medo da vida, com as suas inseguranças, leva-nos a recuar diante do viver intensamente ou do desfrutar as ocasiões e as oportunidades. É certo que, com tantos acontecimentos, a insegurança é o destaque no nosso dia-a-dia. Além de que o lazer se torna comedido e restrito a determinados lugares e horários. Estes são os medos reais. Mas, e aqueles que provocam uma ruptura no nosso modo de viver?
É frequente ouvirmos “Não me quero envolver porque tenho medo de sofrer”, “Não quero fazer determinado exame médico porque não quero saber o que tenho”, “Não posso ir porque tenho medo do que possa acontecer”. Este é o medo redutor que ultrapassa o bom senso e vai além daquilo que é saudável para a nossa vida. Por isso, precisamos da perspicácia para distinguir estes dois tipos de medo: o primeiro coloca-nos em vigilância e prudência em relação ao comportamento dos outros, e o outro desgasta-nos a vida, retira-nos perspectiva, prende-nos, protege-nos ilusoriamente mas, ao mesmo tempo, ficamos infelizes porque não conseguimos desfrutar em pleno de algo que nos faz bem.
O medo em relação aos outros é muito frequente: o medo de ser julgado e mal interpretado. Por isso, escondemos as nossas opiniões, não queremos ser vistos, observados e, assim, evitamos qualquer comentário sobre nós. Tudo isto coloca-nos num conflito, pois o ser humano precisa do contacto, precisa de momentos de lazer, precisa da amizade e, mais do que isso, precisa de ser confrontado com o desconhecido para crescer e amadurecer.
Geralmente, o “deixar de ir” apresenta apenas um lado: o negativo. E quem disse que o contrário não pode acontecer? E porque não perceber, por exemplo, que um exame médico pode levar-nos a descobrir que nada de negativo nos está a acontecer?
É um exercício de desafios, sem dúvida. Desafios que nos colocam numa posição de alerta, sim, mas que nos empurram para desfrutarmos do quão bom e gratificante é vivermos os vários momentos da nossa vida.
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