A situação que vivemos actualmente exige adaptações e, se para os mais jovens isso faz parte da realidade diária, para os mais velhos pode ser muito difícil. Se tem sentido isto no apoio aos seus pais ou familiares, este texto é para si.
Sabendo que não há soluções milagrosas nem respostas para tudo, o nosso objectivo é ajudá-lo a compreender algumas reacções e dar-lhe algumas sugestões que terão que ser adaptadas a cada pessoa.
Temos encontrado diversas posturas dos idosos face à situação da pandemia. Por um lado, temos o agravar da ansiedade, do medo e da angústia. Muitas destas pessoas vivem sozinhas e, neste momento, não podem fazer as suas rotinas que lhes traziam estabilidade, contacto social e, muito especialmente, uma sensação de controlo sobre a sua vida que, neste momento, pode não existir.
Se se tem deparado com esta reacção por parte dos seus pais, o que lhe sugiro é que comece por validar o que a pessoa está a sentir, ou seja, oiça as preocupações e diga que percebe perfeitamente que se sinta daquela forma. Afinal, isto é novo para todos nós!
Fale frequentemente com a pessoa e garanta que estará sempre contactável. Ajude a criar uma rede de suporte que assegure todas as necessidades (compras, saúde, contactos sociais, etc.) e, se puder, articule com alguém que, no momento da prestação do apoio, possa facilitar uma video chamada (no caso de o próprio não ter essa possibilidade) de forma a que se possam ver e confirmar que está tudo bem.
Por outro lado temos as pessoas que acreditam que “se não for disto há-de ser de um AVC ou de outra coisa qualquer”! Esta foi uma resposta que tive de alguém quando confrontado com a necessidade de se proteger deste vírus ficando em casa. Estas são aquelas pessoas que continuam a sair “só” para comprar o pão e o jornal e a desvalorizar todas as recomendações.
Muitos filhos têm ouvido este tipo de frases dos pais que fazem parte dos grupos de risco, nem que seja, pelo simples facto de terem mais de 65 anos. Por chocante que possa ser ouvir isto, na verdade muitos idosos lidam bem com a ideia de que cumpriram o seu ciclo de vida e vivem os últimos anos sem angústia.
O que fazer nesta situação? Explique calmamente tudo o que está em causa (resista à tentação de tentar causar medo na pessoa para que esta faça o que lhe está a pedir) e peça-lhe que seja seu aliado. Ao cumprir o que lhe está a ser pedido, está a ajudá-lo no apoio que lhe pode prestar.
Se, entretanto, precisar da nossa ajuda para gerir alguma destas situações, estamos por aqui! Teremos todo o gosto em ajudá-lo a encontrar soluções adaptadas à realidade dos seus familiares.
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